A queda no
preço internacional do petróleo deverá reduzir pela metade a expectativa de
arrecadação que o governo tinha com o Fundo de Educação, afirmou hoje (27) o
ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A médio prazo, no entanto, espera-se
que, com a retomada do valor do barril, a arrecadação retorne ao patamar
planejado.
Segundo o
ministro, a diminuição na arrecadação para o fundo não foi menor por causa da
queda do real em relação ao dólar. “A redução da arrecadação será de cerca de
50% porque essa foi a queda do preço internacional do petróleo. É um pouco
menos porque o real se desvalorizou. Isso acabou compensando a queda. O barril
custava US$ 112 e caiu para cerca de US$50”, informou Mercadante, após
participar de audiência pública no Senado.
A projeção
apresentada por ele prevê uma arrecadação de R$ 2,4 bilhões em 2015.
"Depois crescerá para R$ 4 ou R$ 5 bilhões e continuará crescendo a cada
ano. É bem menos do que imaginávamos quando aprovamos a lei. Mas o preço [do
barril] voltará a subir mais à frente e a situação vai melhorar”, acrescentou.
O ministro
voltou a defender o retorno temporário da CPMF para melhorar a situação do
país, minimizar o impacto na economia e não onerar o setor produtivo,
“principalmente porque esse tributo pega sonegação e caixa 2. É um imposto
muito barato de arrecadar e não é sonegável”, argumentou.
“Não vejo
nenhum cenário de estabilidade econômica e de melhora nas políticas públicas
sem [a aprovação da] CPMF, um imposto que todos pagam, e, repito, não é
sonegável. Por exemplo, um cidadão que ganha R$ 1 mil paga apenas R$ 7 por mês.
Isso não pesa tanto, mas evidentemente é um esforço a mais”, disse Mercadante.
“Tivemos
durante sete anos 0,38% de alíquota. Não houve nenhum transtorno econômico e
nenhum setor ficou prejudicado. Isso é que nem injeção: é chato tomar, mas a
gente precisa.”
Mercadante
comentou a pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional do
Transporte (CNT), segundo a qual 70% das pessoas reprovam o governo.
“Vi uma
pesquisa, também para eleição presidencial, em que todo mundo rejeita metade de
todos os nomes apresentados. Se melhorarmos o ambiente político e trabalharmos
para encontrar respostas – e não ficarmos estimulando o quanto pior melhor –,
[a vida de] todo mundo vai melhorar. Melhora também o governo em todos os
níveis”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi