O deputado
Celso Pansera (PMDB-RJ), confirmado nesta sexta-feira (2) como novo ministro da
Ciência e Tecnologia, afirmou que sua participação na CPI da
Petrobras foi uma "tarefa partidária". Sua atuação na comissão o
levou a ser chamado de "pau mandado" do presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), pelo doleiro Alberto Yousseff.
A declaração
de Pansera foi dada em 13 de setembro em entrevista ao programa "Jogo do
Poder", transmitido pela CNT. Ele negou na ocasião que sua atuação na CPI
seja orientada por Cunha, mas afirmou que trabalhava como representante do
partido.
"Eu sou
um deputado independente. Devo minha eleição ao meu esforço pessoal. Entrei na
CPI como uma tarefa partidária. Não assinei a criação da CPI. A CPI da
Petrobras deveria ser criada depois do MP e a PF resolver a questão dos
inquéritos dos políticos para que a CPI analisasse todo esse contexto",
disse Pansera no programa.
Yousseff
afirmou que o deputado buscava intimidá-lo ao pedir a quebra de sigilo
telefônico e bancário de sua ex-mulher e duas filhas na CPI.
"O Paulo
Roberto Costa envolveu a família dele. O Julio Faerman envolveu familiares
dele. Dizem que o Duque envolveu a família dele. O Vaccari envolveu a cunhada.
Temos um conjunto de pessoas que envolveram os familiares. A pessoa que mais
movimento dinheiro, o Yousseff que fazia a lavagem de dinheiro, não colocou a
família dele?", disse ele no programa.
O novo
ministro disse que conheceu Cunha durante as eleições de 2014 e se aproximou do
presidente da Câmara após ser eleito. Mas afirmou que nunca fez requerimentos a
pedido do aliado.
"Imediatamente
após a eleição, eu o procurei para me integrar antes da posse à bancada do PMDB
em Brasília. Viajei o Brasil na campanha dele antes da minha posse para
ajudá-lo a ser presidente da Câmara. Foi um grande ganho para o RJ e o
Congresso Nacional", afirmou Pansera.
'BARGANHA'
Com passagens
pelo PT, PSTU e PSB, Pansera foi eleito em 2014 em sua primeira disputa
eleitoral. Ele faz parte do grupo político do prefeito de Duque de Caxias,
Alexandre Cardoso, coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff no Rio
no ano passado.
O novo
ministro foi presidente da Faetec por cinco anos e vice-presidente da
instituição por outros dois. Durante sua gestão, ampliou o número de CVTs
(Centros Vocacionais Tecnológicos), loteados por indicados políticos.
Ele era dono
de um pequeno restaurante self-service em Duque de Caxias, chamado
"Barganha". O novo ministro vendeu o comércio em julho deste ano, que
passou a se chamar "Bistrô 25".
Em vídeo
biográfico de campanha, Pansera disse que se alfabetizou sozinho lendo gibis. E
que pediu, aos 7, uma caixa de engraxate ao pai para trabalhar.
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