O
ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o diplomata John
Ashe, de Antigua e Barbuda, no Caribe, foi preso nesta terça-feira (6), em Nova
York, sob a acusação de ter recebido mais de US$ 500 mil em propinas, em uma
transação para a construção de um centro de conferências da ONU em Macau, na
China. O cargo de presidente da Assembleia Geral é uma função administrativa,
diferente do cargo de secretário-geral, que efetivamente preside o órgão.
O diplomata de
Antigua e Barbuda presidiu a assembleia da ONU em 2013 e 2014 e, de acordo com
a operação conduzida pela Procuradoria Federal do Distrito Sul de Nova York,
além da propina recebida na transação em Macau, Ashe também teria recebido
cerca de US$ 800 mil de empresários chineses que tinham interesse em vencer
licitações na China.
Além de Ashe,
foram detidas outras cinco pessoas, entre elas o diplomata da República
Dominicana, Francis Lorenzo, e quatro chineses naturalizados norte-americanos.
Todos são acusados de suborno e transporte ilegal de dinheiro. Segundo a
procuradoria, a investigação começou após a Receita norte-americana ter
identificado a entrada de US$ 4,5 milhões nos Estados Unidos, por uma
construtora chinesa, de maneira ilegal.
De acordo com
as investigações, Ashe movimentou mais de US$ 3 milhões de dólares, entre 2012
e 2014, em transações de contas do exterior para contas bancárias nos Estados
Unidos. Ele teria sonegado mais de US$ 1,2 milhão de dólares.
O atual
secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon enviou uma nota e disse estar
bastante “consternado com o acontecimento” que envolve o diplomata John Ashe.
Ele disse que a acusação vai contra o "coração do organismo
multilateral".
A assessoria
de imprensa da Assembleia Geral da ONU em Nova York, informou que o atual
presidente da Assembleia, Mogens Likketoft, deve marcar uma coletiva de
imprensa para comentar o assunto.
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