O Orçamento de
2015 deverá ter uma meta de déficit primário de R$ 51,8 bilhões, disse há pouco
o deputado Hugo Leal (PROS-RJ), relator do projeto de lei que altera a meta
fiscal deste ano. Segundo ele, o valor não inclui os atrasos nos repasses a
bancos públicos.
O resultado
negativo equivale a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao sair da reunião,
Leal disse que a alteração da meta foi provocada pela queda na arrecadação
decorrente da crise econômica, não pelo aumento nos gastos.
"Nas
despesas, não houve nenhuma alteração. Na realidade, o que você tem é a não
expectativa das receitas administradas. O que o governo trabalha é com um
déficit para 2015 de R$ 51,8 bilhões. Essa é a meta levando em consideração a
frustração das receitas previstas e a queda da arrecadação", declarou
Leal.
O deputado informou
o valor, ao deixar uma reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
Segundo Leal, os ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão uma nota
conjunta mais tarde, detalhando a nova meta.
Hugo Leal
disse que vai apresentar amanhã (28) seu relatório. De acordo com ele, o
projeto poderá ter uma cláusula que permita aumentar a meta de déficit, caso o
Tribunal de Contas da União (TCU) obrigue o governo a reconhecer os atrasos nos
repasses a bancos públicos em 2015. Isso eliminaria a necessidade de o governo
alterar a meta novamente.
Na semana
passada, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, adiantou que déficit primário
deveria ser de cerca de R$ 50 bilhões, equivalente a 0,8% do Produto Interno
Bruto (PIB). Antes de assumir o déficit, o governo trabalhava com uma meta
fiscal de superávit de R$ 8,74 bilhões (0,15% do PIB).
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