A operação
teve como alvos o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Pinheiro da
Silva, o presidente da Unidade de Negócios Energia da Andrade Gutierrez, Flavio
David Barra, além de pessoas e empresas envolvidas em ilícitos investigados nos
contratos de Angra 3
Com
informações do site do Ministério Público Federal - 28/07/2015
A pedido da
Força-Tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal
(PF) cumpriu mandados de busca e apreensão, prisão temporária e condução
corecitiva na manhã desta terça-feira, 28 de julho, na 16ª fase da operação
Lava Jato.
Foram presos
temporariamente na operação, batizada pela Polícia Federal de “Radioatividade”,
o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o
presidente da Unidade Negócios Energia da Andrade Gutierrez, Flavio David
Barra.
Buscas e
apreensões foram realizadas nas sedes das empreiteiras Andrade Gutierrez,
Techint, Odebrecht, Queiroz Galvão, EBE (Grupo MPE), Engevix e também em
empresas intermediárias envolvidas nos ilícitos investigados. Executivos dessas
empreiteiras também foram coercitivamente conduzidos pela PF para prestarem
depoimentos.
Foram
cumpridas 2 prisões temporárias (Othon Luiz e Flavio Barra), 5 conduções
coercitivas (Ricardo Marques, Fábio Gandolfo, Petrônio Júnior, Renato Abreu e
Clóvis Primo) e 23 mandados de busca e apreensão.
O MPF requereu
essas medidas após encontrar evidências que corroboram o conteúdo da
colaboração de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, que revelou
expansão do esquema de cartel da Petrobras para a Eletronuclear e indícios de
pagamento de vantagens indevidas nos contratos para construção de Angra 3.
Apura-se o
direcionamento de licitação e corrupção no contrato de construção de Angra 3
firmado com o Consórcio Angramon. Foram também reunidos indícios de que a
Aratec, empresa de Othon Luiz, celebrava contratos fictícios com empresas que
tinham a função de repassar vantagens indevidas pagas pela Andrade Gutierrez e
Engevix em razão de contratos celebrados com a Eletronuclear.
Até o momento,
os indícios apontam que o presidente licenciado da Eletronuclear recebeu pelo
menos R$ 4,5 milhões de propina. Há indicativos de que parte deste montante foi
recebida em 12 de dezembro de 2014, mesmo após a prisão de executivos de
grandes empreiteiras do país.
Segundo o
procurador da República Athayde Ribeiro Costa, “essa operação é um indicativo
de que a corrupção no Brasil, conforme apontam os estudos, é endêmica e, por
isso, precisamos da aprovação das10
medidas contra a corrupção sugeridas pelo MPF.” Na avaliação do
procurador Deltan Dallagnol, “mais uma vez, surgem evidências da prática
recente de crimes, praticados após a deflagração da operação. Isso é um sintoma
da convicção de que os criminosos do colarinho branco têm de que alcançarão a
impunidade. Mas as instituições estão aqui. Faremos tudo para a completa
apuração dos fatos e a adequada punição dos criminosos.”
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