Nada é tão bom
que não possa melhorar ou ruim o bastante que não possa piorar.
Opinião de Dag Vulpi.
Opinião de Dag Vulpi.
Nascido em Maringá, no norte do Paraná, o juiz Sérgio Moro é um dos maiores “especialistas” do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi no escritório do doutor Irivaldo Joaquim de Souza, o maior tributarista de Maringá. Doutor Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto entre 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por gestão fraudulenta.
Via Plantão
Brasil, com informações de O
Globo, MP do estado do Paraná,
O Tribunal de
Justiça do Paraná condenou o ex-prefeito de Maringá em 2010 a devolver cerca de
R$500 milhões aos cofres públicos. Segundo informação da Promotoria de Justiça
de Defesa do Patrimônio Público de Maringá foram condenados por improbidade
administrativa o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, o ex-secretário da Fazenda
Luiz Antônio Paolicchi, e dois ex-servidores municipais: Jorge Aparecido
Sossai, então contador, e Rosimeire Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre
outros réus.
Segundo o MP,
as decisões se referem a duas ações que tratam de desvios de dinheiro do
município de Maringá constatados entre 1997 e 2000, num total de
R$49.135.218,35 na época do ingresso da ação. O valor atual é atualizado.
De acordo com
a sentença o ex-prefeito e o ex-secretário da Fazenda “enriqueceram-se
ilicitamente através de atos de improbidade administrativa, tendo colaboração
dos réus Jorge e Rosimeire” e o dinheiro público “foi utilizado para aquisição
de bens, depósitos em contas bancárias, em benefício a Jairo, Paolicchi ou
terceiros”. Cabe recurso à decisão do TJ/PR.
Além de Jairo,
Paolicchi, Sossai e Rosimeire, foram condenados nos autos nº 449/2000 a mulher
de Gianoto, Neuza Aparecida Duarte Gianoto, o ex-deputado federal José
Rodrigues Borba, e os réus Sérgio de Souza Campos, Celso de Souza Campos,
Eliane Cristina Carreira, Izaias da Silva Leme, Silvana Aparecida de Souza
Campos, Valdenice Ferreira de Souza Leme, Valmir Ferreira Leme, Waldemir Ronaldo
Correa, Paulo Cesar Stinghen, Moacir Antônio Dalmolin, a empresa Flórida
Importação e Comércio de Veículos Ltda. e o doleiro Alberto Youssef.
A Policia
Federal prendeu o ex-prefeito Jairo Gianoto em 2006, por desvio de dinheiro
público, formação de quadrilha, e sonegação fiscal, já o advogado tributarista
Irivaldo Joaquim de Souza foi preso, e só conseguiu o Habeas Corpus, depois do
Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, ter testemunhado ao seu favor.
O
doleiro Alberto Youssef, “o laranja de Moro”
Entre os investigados
“Um dos nomes sob investigação, o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luiz
Antônio Paolicchi, apontado como pivô do esquema de corrupção, afirmou, em
depoimento à Justiça, que as campanhas de políticos do Paraná, como o
governador Jaime Lerner (DEM) e o senador Álvaro Dias (PSDB), foram
beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em operações que teriam
sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto através do doleiro Youssef
Álvaro
Dias
A campanha em
questão foi a de 1998. “A pessoa que coordenava [o comitê de Lerner em Maringá]
era o senhor João Carvalho [Pinto, atual chefe do Núcleo Regional da Secretaria
Estadual de Agricultura], que sempre vinha ao meu gabinete e pegava recursos,
em dinheiro”, afirmou Paolicchi, que não revelou quanto teria destinado à
campanha do governador -o qual não saberia diretamente do esquema, segundo ele.
Quanto a Dias,
o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da
Prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria
sido usado pelo senador durante a campanha.
“O prefeito [Gianoto]
chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador.
E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta
para pagar. […] Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil
reais na época”, afirmou.”.
Sílvio de Barros, a vice Cida Borghetti, o esposo Ricardo Barros, e o governador Beto Richa (PSDB). |
Por
fim…
O advogado
Irivaldo Joaquim de Souza, mestre em assuntos tributários no Estado do Paraná,
e “mentor” de Moro, continua a advogar para Prefeitura de Maringá em especial
para a Família Barros.
Sílvio
de Barros 1º contraiu a dívida e Sílvio de Barros 2º “pagou”
A Prefeitura
de Maringá saiu vencedora no processo de cobrança de dívidas contraídas pelo
município junto à Caixa Econômica Federal entre 1970 e 1980 na gestão de Sílvio
de Barros 1º. Em 2011, o prefeito Sílvio de Barros 2º, anunciou a decisão final
da Justiça que deixa a dívida alegada de R$380 milhões para cerca de R$68
milhões.
Acompanhado do
advogado Irivaldo Joaquim de Souza na época, que defendeu o município no
processo, o prefeito Sílvio de Barros na época explicou que a decisão restaura
o poder financeiro do município. “As contas da Prefeitura ficam saneadas e com
poder de contrair empréstimos para grandes projetos”, disse.
A decisão que
favoreceu o advogado e a família Barros, foi dada pelo ministro Gilmar Mendes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitando o último recurso apresentado pela
CEF e pela União, leva a dívida alegada de aproximadamente R$380 milhões para
cerca de R$68 milhões, valor que representa 10% da receita anual do município.
Família
Barros do PSDB
Os irmãos
Sílvio e Ricardo Barros são do PP, partido de sustentação do governo de Beto
Richa. Ricardo Barros é secretário de Indústria e Comércio do Estado Paraná,
chegando a representar, Richa em alguns eventos.
Nas eleições
deste ano, Ricardo Barros conseguiu emplacar sua esposa Cida Borghetti, como
vice de Beto Richa, em detrimento de Flávio Arns, atual vice.
Segundo o
blogueiro Esmael Morais, Sílvio e Ricardo Barros têm cadeiras cativas no
governo Beto Richa, e Cida Borguetti, ambos do PSDB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi