É um dos
pensadores mais influentes do pós- Guerra. Seu pensamento abarca diversos temas
– direito, política, história, ética – que se entrecruzam chegando ao final a
um único ponto: o homem na sociedade. Sua vida é conhecedora dos abusos e
desvios do poder, desde a crueldade dos campos de concentração em Auschwitz até
o terror do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Nasceu em Dusseldorf, no
ano em que o mundo passava por uma grande crise econômica, 1929. Este fora,
também, o ano da fundação da Universidade de Frankfurt, que mais tarde daria ao
mundo uma plêiade de intelectuais que marcariam o pensamento filosófico para
sempre. Daquele centro de excelência do conhecimento, surgiria a Escola de
Frankfurt, da qual Habermas faria parte. Por pouco tempo teve seu nome ligado
aos frankfurtianos da Segunda Geração, pois preferiu, independentemente,
trilhar caminhos próprios ao postular a sua teoria da ação comunicativa.

“Quando secam
os oásis utópicos, estende-se um deserto de banalidade e perplexidade”
O pensamento
habermaseano faz coro com a crítica desferida à metafísica tradicional e tenta
“desconstruir o paradigma da modernidade iniciado por Descartes e Locke,
configurado na oposição racionalismo versus empirismo”. Em outras palavras, a
teoria proposta por Habermas tem como objetivo dar à razão um limite, pois o
endeusamento da racionalidade pode chegar a extremos irracionais. Veja-se o
caso dos totalitarismos , que, ao se apegarem a solipsismos inconsequentes,
geram projetos de poder contaminados de desvios. Este tipo de racionalidade é
rechaçada por Habermas por ser subjetivista e porque a própria razão não fez a
crítica a si própria.
Nesses termos,
o modelo de racionalidade expedido na modernidade por Descartes deve ser posto
à análise e à crítica. Desse modo, entendem Martins e Aranha que “o paradigma
da racionalidade moderna precisa ser contestado, mas não por meio do
irracionalismo e, sim, pela atividade crítica da razão mais completa e mais
rica, que dialoga e se exerce na intersubjetividade”. Assim, o modelo que
Habermas nos oferece é o do uso da razão comunicativa; não subjetivista, mas
dialogal.
Teoria
da ação comunicativa
O estudo de
Habermas aposta na emancipação e na libertação dos indivíduos em virtude de um
processo constante de interação com vistas a elaborar uma verdade concebida
pelos grupos e que seja aceita pela sociedade. Mais informações no site: www.ppgte.ct.utfpr.
edu.br/dissertacoes/2000/ maristela.pdf
Totalitarismos
As sociedades totalitárias não prezam o debate e tentam silenciar qualquer discurso que fuja do consenso monolítico de ideias. Autores como George Orwell, em 1984, e Arthur Koestler, em O Zero e o Infinito, discorrem como o indivíduo fica sem a possibilidade de manifestar sua opinião contrária aos regimes. A noção do outro é absolutamente esquecida nesse tipo de regime.
As sociedades totalitárias não prezam o debate e tentam silenciar qualquer discurso que fuja do consenso monolítico de ideias. Autores como George Orwell, em 1984, e Arthur Koestler, em O Zero e o Infinito, discorrem como o indivíduo fica sem a possibilidade de manifestar sua opinião contrária aos regimes. A noção do outro é absolutamente esquecida nesse tipo de regime.
Modernidade
por Descartes
René Descartes,
por ter estabelecido os pressupostos para o método científico, é considerado um
dos primeiros filósofos da modernidade – entendendo a modernidade como o
movimento que caminha rumo ao progresso pela capacidade racional.
“Pluralidade
de Vozes”
A busca por
pluralidade de vozes é, para alguns autores, o objetivo fundamental para chegar
mais próximo da verdade. De acordo com essa interpretação, não é possível
alcançar a verdade absoluta apenas uma versão dos fatos, por exemplo.
Problemas da polis?
A pólis grega
representa até hoje um modelo para a civilização ocidental, sobretudo, na
organização das cidades. Conforme se lê no livro “História da Cidadania”, os
gregos desempenharam um papel central na construção desse conceito ao longo da
História.
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Abração
Dag Vulpi