terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Jürgen Habermas

É um dos pensadores mais influentes do pós- Guerra. Seu pensamento abarca diversos temas – direito, política, história, ética – que se entrecruzam chegando ao final a um único ponto: o homem na sociedade. Sua vida é conhecedora dos abusos e desvios do poder, desde a crueldade dos campos de concentração em Auschwitz até o terror do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Nasceu em Dusseldorf, no ano em que o mundo passava por uma grande crise econômica, 1929. Este fora, também, o ano da fundação da Universidade de Frankfurt, que mais tarde daria ao mundo uma plêiade de intelectuais que marcariam o pensamento filosófico para sempre. Daquele centro de excelência do conhecimento, surgiria a Escola de Frankfurt, da qual Habermas faria parte. Por pouco tempo teve seu nome ligado aos frankfurtianos da Segunda Geração, pois preferiu, independentemente, trilhar caminhos próprios ao postular a sua teoria da ação comunicativa.



Quando secam os oásis utópicos, estende-se um deserto de banalidade e perplexidade

O pensamento habermaseano faz coro com a crítica desferida à metafísica tradicional e tenta “desconstruir o paradigma da modernidade iniciado por Descartes e Locke, configurado na oposição racionalismo versus empirismo”. Em outras palavras, a teoria proposta por Habermas tem como objetivo dar à razão um limite, pois o endeusamento da racionalidade pode chegar a extremos irracionais. Veja-se o caso dos totalitarismos , que, ao se apegarem a solipsismos inconsequentes, geram projetos de poder contaminados de desvios. Este tipo de racionalidade é rechaçada por Habermas por ser subjetivista e porque a própria razão não fez a crítica a si própria.

Nesses termos, o modelo de racionalidade expedido na modernidade por Descartes deve ser posto à análise e à crítica. Desse modo, entendem Martins e Aranha que “o paradigma da racionalidade moderna precisa ser contestado, mas não por meio do irracionalismo e, sim, pela atividade crítica da razão mais completa e mais rica, que dialoga e se exerce na intersubjetividade”. Assim, o modelo que Habermas nos oferece é o do uso da razão comunicativa; não subjetivista, mas dialogal.



Teoria da ação comunicativa
O estudo de Habermas aposta na emancipação e na libertação dos indivíduos em virtude de um processo constante de interação com vistas a elaborar uma verdade concebida pelos grupos e que seja aceita pela sociedade. Mais informações no site: www.ppgte.ct.utfpr. edu.br/dissertacoes/2000/ maristela.pdf

Totalitarismos
As sociedades totalitárias não prezam o debate e tentam silenciar qualquer discurso que fuja do consenso monolítico de ideias. Autores como George Orwell, em 1984, e Arthur Koestler, em O Zero e o Infinito, discorrem como o indivíduo fica sem a possibilidade de manifestar sua opinião contrária aos regimes. A noção do outro é absolutamente esquecida nesse tipo de regime.



Modernidade por Descartes
René Descartes, por ter estabelecido os pressupostos para o método científico, é considerado um dos primeiros filósofos da modernidade – entendendo a modernidade como o movimento que caminha rumo ao progresso pela capacidade racional.

“Pluralidade de Vozes”
A busca por pluralidade de vozes é, para alguns autores, o objetivo fundamental para chegar mais próximo da verdade. De acordo com essa interpretação, não é possível alcançar a verdade absoluta apenas uma versão dos fatos, por exemplo.





Problemas da polis?
A pólis grega representa até hoje um modelo para a civilização ocidental, sobretudo, na organização das cidades. Conforme se lê no livro “História da Cidadania”, os gregos desempenharam um papel central na construção desse conceito ao longo da História.

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Dag Vulpi

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