Abaixo apresento um resumo da sabatina
de hoje 28/07 com Dilma Rousseff realizada no Palácio do Alvorada, em Brasília,
tendo como entrevistadores os jornalistas Josias de Souza, blogueiro do UOL;
Ricardo Balthazar, editor do caderno Poder da Folha de S.Paulo; Kennedy
Alencar, do SBT; e José Maria Trindade, da rádio Jovem Pan. (no final da postagem você poderá conferir o vídeo com a sabatina na íntegra)
Ricardo
Balthazar, editor de o caderno Poder da Folha de S.Paulo, abre a sabatina e
apresenta um vídeo sobre Dilma Rousseff.
Questionada Dilma
se negou a comentar se manteria o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o
presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, num possível segundo mandato.
“Não é hora de falar sobre ministério”, afirmou. “Não discuto meu ministério”.
Dilma afirma
que, em seu mandato, a economia do país foi prejudicada pela crise internacional
e que nenhum país se recuperou da crise. “O mundo errou, todos nós erramos, porém,
dos países do G20, o Brasil está entre os seis ou sete que mais cresceram [em
2013]”. Destacou ainda que, apesar da crise, o país gerou mais de 5 milhões de
empregos durante seu mandato e que a inflação anualizada ficará inferior ao
limite superior da meta. “A inflação não está descontrolada” acrescentou a
respeito da previsão sobre as consequências da crise.
Dilma disse
divergir das previsões de economistas como Delfim Netto, conselheiro de seu
governo. "Minimizamos os efeitos da crise sobre a economia
brasileira", declarou a presidente.
Para Dilma, o
pedido de desculpas do banco Santander foi “muito protocolar”, “É lamentável e
inadmissível o que foi feito pelo Santander, acho muito perigoso especular em
períodos eleitorais”. Disse ainda que é inadmissível aceitar qualquer
interferência de qualquer setor na economia e nas eleições.
A candidata à
reeleição diz que há um “jogo de pessimismo” no país. Cita como exemplo às
críticas à Copa do Mundo, as previsões de falta de energia e na economia. “O
mesmo pessimismo que houve com a Copa está havendo com a economia. E como
economia é na expectativa, é muito mais grave”.
Internauta
pergunta se Dilma pretende mudar a política industrial:
“Temos a menor
taxa histórica de desemprego de todos os tempos, o crescimento industrial é
condição para o país se desenvolver, o Brasil não pode ser só um produtor
agrícola”. Dilma destaca os investimentos de seu governo em infraestrutura.
Dilma diz que
faz uma análise realista da economia, e não otimista. “Você não faz mudança
porque errou, mas sim porque tem sempre de melhorar”
A presidente
cita mudanças feitas no Bolsa Família e na concessão de rodovias.
Dilma afirma
que o governo vem fazendo concessões e não privatizações. “Privatização é
vender patrimônio, concessão você devolve depois”
Dilma responde
questão de Ricardo Balthazer sobre a taxa alta de rejeição da petista em São
Paulo afirmando que a população de São Paulo ainda não conhece bem as ações de
seu governo no Estado. Cita como exemplo a construção de 600 mil casas do
programa Minha Casa, Minha Vida e a criação de 1,2 milhão de vagas no Pronatec.
Diz ainda que a campanha eleitoral permite a apresentação de suas ações no
Estado
Dilma volta a
dizer que o Conselho de Administração da Petrobras não recebeu todas as
informações da empresa na época da decisão da compra da refinaria de Pasadena,
nos EUA. “Não acho que estou sendo desgastada pela compra de Pasadena, o
conselho jamais aprovou a segunda fase da compra [de Pasadena]. O conselho
aprovou a primeira fase”
Dilma disse
que a mudança no Ministério dos Transportes foi discutida no Palácio do
Planalto e que não se sentiu chantageada pelo PR na época da troca feita na
pasta. “Não tolero, não compactuo, não aceito corrupção, só aceito ministros
que eu tenho em alta conta”
Dilma afirma
que os governos do PT têm tomado medidas para “melhorar as instituições” e
“combater a corrupção”. “A Controladoria Geral da União investiga todos os
ministérios. Sugere e aponta inconformidades em vários ministérios. Não
necessariamente todas as inconformidades são fruto de má gestão no sentido
criminoso da palavra". “Não vou concordar em chamar o Lupi de um cara que
fez mal feitos”, afirma em referência ao ex-ministro do Trabalho.
Dilma afirma
que os governos do PT não interromperam processos de investigação de casos de
corrupção. “No nosso caso, tomamos todas as providências”. “Como presidenta,
não me manifesto sobre decisão do Supremo Tribunal Federal”
Dilma diz não
ver acirramento da luta de classes no Brasil. “Não acho que há uma guerra de
pobres e ricos”
A candidata à
reeleição diz que todos ganharam nas gestões do PT e que os pobres ganharam
mais
Dilma declara
que o governo está tentando ampliar a oferta de educação e saúde de qualidade.
Dilma sobre a
ofensiva de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza. “Em relação a Israel, o
Brasil tem uma posição bastante antiga de amizade”, diz Dilma. “Não acho que é
um genocídio, acho que é um massacre”, afirma. Para a presidente, a ação de
Israel é desproporcional.
Para
justificar laços com o regime cubano, Dilma declara que todos os países da
América Latina aprovaram o fim das restrições econômicas a Cuba. “Esse programa
[o Mais Médicos] é por um período no qual temos que formar mais médicos aqui”. “Sabe
qual o Estado que tem o maior pedido de médicos? É São Paulo” afirma a presidenta.
Dilma disse
que guarda dinheiro em casa porque incorporou hábitos de época em que foi
perseguida e presa durante a ditadura militar. “Uma parte disso a gente
deposita ao longo do ano, em poupança”.
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