Os
chanceleres dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, da Alemanha, da
Itália, além do Catar e da Turquia pediram hoje (26) a ampliação da trégua de 12 horas em vigor na Faixa de Gaza entre
Israel e o movimento islâmico Hamas. Desde o início do cessar-fogo temporário,
às 8h do horário local (2h, no horário de Brasília), foram retirados dos
escombros mais de 80 corpos de palestinos. A trégua humanitária deve terminar
às 20h (14h, no horário de Brasília).
Após
reunião em Paris, o ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent
Fabius, anunciou o pedido em nome dos chanceleres. "Esta reunião foi
positiva, permitiu definir orientações comuns para a ação internacional a favor
de um cessar-fogo em Gaza. Todos nós apelamos às partes para que prolonguem o
cessar-fogo humanitário, que está atualmente em vigor, por 24 horas
renováveis", disse.
Segundo
Fabius, o objetivo dos países é facilitar um acordo de cessar-fogo duradouro o
mais breve possível. “Um cessar-fogo duradouro negociado, que responda às
necessidades legítimas israelenses em termos de segurança e às necessidades
legítimas palestinas de acesso e desenvolvimento socioeconômico".
Os
chanceleres pediram solidariedade das duas partes com as populações civis
“duramente atingidas” pelos combates e ressaltaram a importância da
participação da Autoridade Palestina nas negociações. "Estamos
convencidos da necessidade de associar a Autoridade Palestina a estes
objetivos".
Os
ministros das Relações Exteriores de Israel, da Palestina e do Egito não
participaram do encontro, chamada pela França de "reunião internacional de
apoio ao cessar-fogo humanitário em Gaza". O chanceler francês, no
entanto, telefonou para eles repassando o que foi discutido no encontro.
O
ministro alemão, Frank-Walter Steinmeier, ressaltou que o momento não é de
procurar "responsabilidades pela atual escalada" da violência, mas
"encontrar uma posição comum que faça parar as mortes".
Após
pressão da comunidade internacional, principalmente dos Estados Unidos e do
Egito, principais países envolvidos nas negociações, Israel e o Hamas
concordaram em um cessar-fogo de 12 horas, período que será aproveitado como
uma “janela de oportunidade” pelas equipes de emergência para resgatar corpos
das vítimas dos escombros, transportar suprimentos e atender feridos, além da
evacuação de pessoas da região para atravessar a fronteira rumo a outros
países.
Os
últimos números indicam que mais de 950 palestinos morreram desde o início do
conflito, no dia 8 de julho, e mais de 6 mil pessoas ficaram feridas. Segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% dos mortos são civis. Do lado
israelense, 37 soldados morreram em combate, além de dois civis e um trabalhado
rural tailandês, que foram atingidos por tiros de morteiro.
*Com
informações da Agência Lusa
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