Em
pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, a presidenta Dilma Rousseff
defendeu hoje (10) a realização da Copa do Mundo, apresentou dados sobre a
preparação do Brasil para o evento, desejou boa sorte aos jogadores e pediu que
os brasileiros recebam bem os turistas estrangeiros.
Segundo
ela, o Brasil está preparado para a Copa, dentro e fora de campo, mas é necessário
que todos tenham informações corretas sobre o megaevento, “sem falso
triunfalismo, sem derrotismo ou distorções”.
Dilma
reafirmou que, durante a preparação do Mundial, o governo não deixou de
investir em saúde e educação, e disse que as contas estão sendo analisadas
“minuciosamente pelos órgãos de fiscalização”.
“Se
ficar provada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos com o
máximo rigor”. A presidenta voltou a argumentar que a Copa não representa
somente gastos, mas receitas para o país, porque funciona como um fator de
desenvolvimento econômico e social, gerando negócios, injetando dinheiro na
economia e criando empregos.
Dilma
participa, nesta quinta-feira (12), da cerimônia de abertura do Mundial, em São
Paulo, onde Brasil e Croácia se enfrentarão. “Desde 2010, quando começaram as
obras dos estádios, até 2013, o governo federal, os estados e municípios
investiram cerca de R$ 1,7 trilhões em educação e saúde”, destacou. Ao informar
que os investimentos nos estádios somaram R$ 8 bilhões, a presidenta disse que
o valor gasto com educação e saúde é 212 vezes maior que o investido nas
arenas.
Em
um discurso que valorizou as oportunidades trazidas pela Copa ao Brasil, que
venceu “seus principais obstáculos e está preparado” dentro e fora de campo,
Dilma rebateu a crítica dos “pessimistas” que “foram derrotados pela capacidade
de trabalho e a determinação do povo brasileiro”.
“A
Copa apressou obras e serviços que já estavam previstos no Programa de
Aceleração do Crescimento”, acrescentou a presidenta. Segundo Dilma, a
capacidade dos aeroportos dobrou e foram construídos estádios multiuso para shows,
centros de negócio e de lazer.
“Uma
Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda vida”, comparou. Dilma
reafirmou que as obras em aeroportos não eram necessárias apenas para receber
os torcedores estrangeiros, mas para atender à demanda nacional de passageiros,
que triplicou em dez anos. Além de repetir que obras como as de mobilidade
urbana não serão levadas na mala pelos turistas, fala que tem se tornado
frequente em seus discursos, a presidenta aproveitou para garantir que não
haverá falta de luz nem epidemia de dengue durante a Copa.
Na
avaliação de Dilma, apesar dos desafios, o resultado e a celebração final valem
o esforço da preparação de um evento como esse. “Para qualquer país, organizar
uma Copa é como disputar uma partida suada, e muitas vezes sofrida. Com direito
a prorrogação e disputa nos pênaltis”, comparou. Dilma também aproveitou o
pronunciamento para elogiar as obras físicas, de infraestrutura, e o sistema de
segurança montado para o Mundial.
Da
Agência Brasil
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