Vladimir
Platonow - Repórter da Agência Brasil
O
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto
Carvalho, reafirmou hoje (28), no Rio de Janeiro, que a Copa do Mundo vai
gerar legados para o país. Ele participou do seminário Diálogos
Governo-Sociedade Civil: Copa 2014, realizado na sede do Sindicato dos
Bancários, no centro do Rio.
"Quem
mora no Rio sabe o que é a transformação que a cidade está sofrendo neste
momento. São tantas obras, que até atrapalham a vida da cidade. É uma
transformação extraordinária. O que acontece no Rio, você vai ver em Manaus, em
Cuiabá, em Natal, em Brasília. Não são só aeroportos, mas várias avenidas e
obras muito importantes. Depois das manifestações de junho, a presidenta
determinou o destino de R$ 50 bilhões para a mobilidade urbana. E isso começa a
dar frutos", ressaltou.
Carvalho
também destacou como legado o fato de o Brasil ficar, durante 40 dias, no foco
dos acontecimentos mundiais. "Você imagina a multiplicação no turismo que
vai ocorrer em uma cidade como Manaus? A África do Sul dobrou o turismo no ano
seguinte à Copa."
A plateia que
lotou o auditório do sindicato era formada por blogueiros, ativistas da mídia,
sindicalistas, lideranças comunitárias, trabalhadores e estudantes. Além das
questões diretamente relacionadas com a Copa, foram levantados temas como a
necessidade de maior apoio oficial para a cultura, o exagero na repressão
policial às manifestações de rua, as remoções de moradores para obras da Copa e
também das Olimpíadas.
Embora o clima
tenha esquentado em diversos momentos, com manifestantes gritando sloganscontra
a Copa, o ministro manteve a calma e anotou todas as reivindicações,
respondendo a cada uma e prometendo voltar ao Rio para resolver eventuais
pendências ou receber em Brasília as lideranças sociais.
Um documento
em forma de livreto, elaborado pelo governo, foi distribuído aos presentes,
trazendo informações sobre os investimentos na Copa. Segundo os dados, os
únicos investimentos feitos exclusivamente para a competição se limitam a R$ 8
bilhões, que são as obras dos estádios. Desses, o governo federal financiou R$
4 bilhões, por meio de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, valor que voltará aos cofres públicos.
Em
investimentos estratégicos, públicos e privados, serão R$ 17,6 bilhões: R$
8 bilhões em mobilidade, R$ 6,3 bilhões nos aeroportos, R$ 1,9 bilhão em
segurança, R$ 600 milhões em portos, R$ 400 milhões em telecomunicações e R$
200 milhões em turismo.
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