Em cúpula
sobre segurança nuclear, em Haia, na Holanda, o vice-presidente da
República defendeu que toda atividade nuclear deve ser admitida somente
para fins pacíficos; "Um mundo que aceita as armas nucleares será
sempre um mundo inseguro. É imperioso eliminar tais armas que permanecem como
ameaça à humanidade", ressaltou, em discurso.
Por Danilo
Macedo
Representando
o Estado brasileiro, o vice-presidente Michel Temer defendeu hoje (14), em
Haia, na Holanda, a eliminação total de todos os arsenais atômicos do mundo.
Durante discurso na 3ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear, Temer também
ressaltou que toda atividade nuclear deve ser admitida somente para fins
pacíficos.
O
vice-presidente disse que o maior risco para a humanidade não está nas
instalações de uso civil de energia nuclear, mas sim nas bombas atômicas.
"Hoje, como sabemos, todo o estoque de material nuclear voltado para uso
militar escapa dos mecanismos multilaterais de controle. O modo mais eficaz de
se reduzirem os riscos de que agentes não estatais utilizem explosivos
nucleares ou seus materiais é a eliminação total de todos os arsenais atômicos".
Temer
ressaltou que a Constituição Federal brasileira estabelece que toda atividade
nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e que
o país defende o lançamento de negociações multilaterais sobre uma convenção
que proíba as armas nucleares e preveja sua eliminação "de forma
transparente, verificável e irreversível, com metas e prazos realistas".
Segundo Temer,
essas preocupações motivaram o Brasil a apresentar a declaração intitulada
"Em maior segurança: uma abordagem abrangente da segurança física
nuclear", apoiada por outros 14 países: Argélia, Argentina, Chile, Egito,
Indonésia, Cazaquistão, Malásia,Filipinas, México, Nova Zelândia, Cingapura,
África do Sul, Ucrânia e Vietnã.
"Um mundo
que aceita as armas nucleares será sempre um mundo inseguro. É imperioso
eliminar tais armas que permanecem como ameaça à humanidade", concluiu o
vice-presidente, explicitando a expectativa de que os esforços da cúpula
contribuam para reforçar o empenho político neste propósito.
Paralelamente
à 3ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear, que conta com a presença, entre
outros líderes, do presidente norte-americano Barak Obama, da chanceler alemã
Angela Merkel e do primeiro-ministro britânico Cameron David Cameron, os
líderes do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e
Canadá) se reúnem em Haia para avaliar sanções à Rússia pela anexação da
Crimeia, península pertencente à Ucrânia, ao seu território. Uma das medidas
que serão votadas pelo grupo é sobre a possível expulsão da Rússia do G8.
Da Agência
Brasil
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