Por Ricardo Noblat
Que time se
arriscaria a perder o campeonato mantendo no banco de reservas o maior craque
de todos os tempos?
Exagero.
Houve craques
tão bons quanto Lula. Por exemplo: Getúlio Vargas, o pai dos pobres. Juscelino
Kubistchek, o pai de Brasília. Fernando Henrique, o carrasco da inflação, não
pode ficar de fora dessa lista. Elegeu-se e se reelegeu direto no primeiro
turno derrotando... Quem?
A mais recente
rodada de pesquisas mostrou que Dilma se mantém com 40% a 47% das intenções de
votos. Caso a eleição fosse hoje, se reelegeria folgadamente.
Daí que Lula
continuará sentado no banco de reservas. Só levantará se Dilma estiver a perigo.
Pois como justificar a troca de Dilma por Lula se Dilma segue liderando as
pesquisas?
Corre a lenda
que Lula manda em Dilma. Pura lenda.
"Ninguém
governa governador”, disse Agamenon Magalhães, governador de Pernambuco nos
anos 50 do século passado.
Ninguém
preside presidente.
Quando Dilma e
Lula não se entendem, Dilma faz o que quer. A escolha de Ademar Chioro para
ministro da Saúde é um bom exemplo.
Lula e o PT
tinham outros nomes para o lugar. Mas Dilma conhecera Chioro ao visitar São
Bernardo em dezembro último e gostara de suas ideias. Chioro era secretário
municipal de Saúde.
Como Lula e o
PT poderiam barrar a promoção dele a ministro? Até que poderiam. Não
conseguiram.
Para quem vê
Dilma como uma boba, digo que ela é esperta e aprende rápido.
Havia sido
esperta ao preencher a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) hoje
ocupada pelo jurista catarinense Teori Zavaschi.
Primeiro
sugeriu a Lula um nome ligado a ele e a ela - o do advogado Sigmaringa Seixas.
Lula comentou que Sigmaringa recusaria o convite como recusara de outras vezes.
À falta de
acordo, Dilma sacou do bolso o nome de Teori. Assim como antes sacara o nome de
Luiz Fux também para uma vaga no STF.
Fux não
inspirava confiança em Lula. Os mensaleiros eram contra sua nomeação. Achavam
que Fux acabaria votando para condená-los. Foi o que aconteceu.
A criatura
costuma rebelar-se contra o criador. Dilma não se rebelou. Nem se limita a
cumprir as ordens do criador.
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