terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Depois de Ramona 89 médicos abandonam o Mais Médicos

Do Estadão
Por Magno Martins, no seu blog
Cinco cubanos deixaram o programa Mais Médicos e não voltaram para o seu país, informou nesta terça-feira, 11, o Ministério da Saúde. O ministro Arthur Chioro disse que, desde sexta-feira, 7, houve registro de quatro intercambistas que deixaram de comparecer ao serviço, entre eles, Ortelio Guerra, que nesta segunda-feira, 10, postou nas redes sociais que já estava nos Estados Unidos. Soma-se a esse grupo Ramona Rodriguez, que na terça-feira da semana passada, 4, pediu refúgio para liderança do DEM, depois de abandonar o posto de Pacajá (PA).
 Ao todo, desde sexta-feira, 89 profissionais são considerados faltosos no programa, sendo 80 brasileiros e 9 estrangeiros, dos quais 4 são cubanos. Nesta quarta, 12, será publicado no Diário Oficial da União um comunicado requisitando o retorno desses profissionais ao programa. Eles terão 48 horas para se apresentar, caso contrário, serão formalmente desligados do Mais Médicos.

O Ministério da Saúde não sabe ao certo quando os 89 profissionais deixaram de comparecer a seus postos de trabalho. "Não significa que as ausências foram de sexta-feira para cá. Há casos mais antigos, mas que somente foram comunicados agora", disse o ministro.

Atualmente, 6,6 mil profissionais atuam pelo Mais Médicos em unidades de todo o País, dos quais 5,4 mil são cubanos. Segundo o Ministério, em março, o número subirá para cerca de 9,5 mil, pois os médicos selecionados pela terceira fase do programa iniciarão o trabalho.

Além dos cinco médicos que abandonaram o programa sem comunicar o governo e não voltaram para Cuba, outros 22 profissionais da ilha pediram desligamento do Mais Médicos alegando problemas pessoais ou de saúde e já voltaram para o país de origem, segundo o Ministério da Saúde.

Abandono. Questionado sobre o número de profissionais que abandonaram o programa, Chioro disse que não está preocupado, pois o índice de desistência é baixo. O ministro também afirmou não estar preocupado que o Brasil seja usado como porta de saída de cubanos que desejam deixar o sistema do seu país. "A nossa relação é uma relação de cooperação. Eles vêm ao Brasil e vão por livre e espontânea vontade", disse Chioro.

Primeira desistência. Na semana passada, a médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que trabalhava no programa na cidade de Pacajá (PA), já tinha deixado o trabalho e pedido abrigo na liderança do DEM na Câmara dos Deputados. A desistência de Ramona não conta nas estatísticas dos médicos faltosos, já que ela comunicou a desistência.


A decisão de abandonar o programa foi tomada depois que a médica teve conhecimento de que o Ministério da Saúde repassa mensalmente para os médicos que atuam no programa o equivalente a R$ 10 mil. Recrutada por meio de um convênio firmado entre Organização Pan-Americana (Opas) e Cuba, Ramona disse receber o equivalente a US$ 400.

7 comentários:

  1. Se o problema da Saúde , no Brasil, fossem apenas médicos, bastava o governo fomentar hospitais com mais residência e cursos nestes 12 anos...que ficou olhando os leitos hospitalares desaparecerem [13 mil leitos evaporaram]. O Molusco da Silva não se gaba de ter construído mais de 10 NOVAS UNIVERSIDADES?. Por que não chegamos ao equilíbrio, entaum?

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  2. Pode falar à vontade ilustre. Faltam 2997, fora os 1200 que estão por vir. E tua vasta "sapiência" não te permite acreditar que alguns já tenham vindo de Cuba pra cá com algum plano em mente? Acho que não. Normalmente este negócio "pensar" sem ajuda não é muito o teu forte.

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    1. Pelo contrário, Afonso Corrêa, mesmo sem usar minha vasta sapiencia eu tenho certeza de que muitos já virão para cá com a idéia de fugir. A diferença é que eu defendo que o escravo tem todo o direito de enganar o seu dono. E as fugas já incomodaram tanto dona dilma que ela já está acionando um aumento nas merrecas que os abnegados médicos, que vieram em missão humanitária e só pensam em salvar vidas recebem. Não é que eles trabalhem pelo vil metal, mas afinal são seres humanos. E o ser humano têm esse grave defeito: serve para pensar. No caso, basta um simples exercício de aritmética. Se para o mesmo trabalho, o salário deve ser igual, por que eu recebo 1/5 (menos, porque mais da metade está em Cuba, retida) e o maldito argentino recebe tudo?
      Se o meu governo diz que gastou muito com a minha educação (gratuita), porque é que um brasileiro igual a mim, ganha 300 dólares, 10 vezes mais do que eu, tem educação gratuita nas universidades federais, se forma e pode trabalhar para quem quiser, não vira propriedade do governo brasileiro?
      Se os "supervisores" conseguirem responder a essas simples questões, não tem perigo de debandada, pois para sair de seu país sem a esperança de não poder voltar tão cedo é uma decisão muito extrema. Na Venezuela não funcionou. Vamos ver aqui.

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  3. Uma das razões pelas quais eu não "mexo" com o Marco Lisboa! Ehehehe...e olha que pensamos de ângulos bem diferentes, as mais das vezes!

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  4. Não se acanhe Ed Lascar. Eu não mordo.E ainda reconheço quando estou errado. Retifico os dados incorretos que publico, cito minhas fontes e pesquiso as fontes que o outro indicar. Sou um bom debatedor.

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    1. Qualquer dia eu atravesso o 'risco no chão', Marco!

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    2. Sem stress. Eu o respeito e não tenho alergia à diversidade. Com uma meia dúzia de membros do face, eu estou sempre debatendo e discordando, e acabo fazendo amigos.

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