Por Fernanda
Siqueira* do Bula revista
Dizem por aí: — Sempre tem alguém, nem que seja do outro lado do
mundo, que irá te completar. Mas será que precisamos andar tanto pra achar
nossa parte completa?
Lógico que queremos viajar para o outro lado do mundo, mas queremos
para conhecer novos lugares, passar por aventuras, apreciar novas culturas,
experimentar novos sabores, mas não apenas para procurar a tal metade da
laranja. Temos muito que aproveitar da vida invés de ficar procurando
desesperadamente algo que não sabemos se é o certo ou o incerto.
As pessoas buscam tanto a perfeição no século 21, o amor, aquela
enorme obsessão de ter alguém, de mostrar para o mundo (Facebook, Instagram)
que namora alguém, que tem um amor perfeito, que sua vida é baseada em amor,
fidelidade e cumplicidade, mas acabam esquecendo que existe um mundo maior que
tudo isso, o amor é importante? Sim, e muito. Mas sua vida também tem outras
prioridades, para ser feliz por completo você precisa de: amor e liberdade,
estabilidade e aventura, dor e alívio, paixão e ódio, sonho e realidade. Para
ser feliz por completo você precisa de antônimos.
Você precisa ver árvores verdes e galhos secos, rosas vermelhas e
espinhos cortantes, chuvas e arco-íris, nuvens brancas e pretas (essas podem
ser consideradas como pessoas: algumas trazem àquela paz e outras aquela
perturbação). E acredite, o amor está em todos esses antônimos.
Então, você percebe, que para ser feliz e encontrar a tal metade que
irá te completar, você precisa de antônimos, precisa sentir a dor daquele amor
que foi embora e o prazer do novo que está chegando, sentir a prisão de alguns
relacionamentos e a liberdade que encontrou em outros, aquela liberdade que te
deixa a vontade para respirar e ser você por completo, e esse completo sabe o
que é? É aquele que você tanto buscava no início — o completo não é uma pessoa
perfeita e sem defeitos, e sim aquele que te deixa sentir e ser por completo o
que você realmente é, não deixando seu amor acabar por qualquer “coisa” do
século 21!
Já dizia Paul McCartney na música “And I Love Her”: “E eu sei que esse
meu amor nunca morrerá”.
* Fernanda
Siqueira é Jornalista
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