Colunista
Ricardo Noblat afirma que a ex-senadora já aceitou concorrer na mesma chapa de
Eduardo Campos; pesquisas internas do PSB mostrariam que, nessa composição, o
governador pernambucano ultrapassaria Aécio Neves; uma das condições impostas
por Marina seria o rompimento com Geraldo Alckmin, em São Paulo, o que
dirigentes do PSB no estado, como o deputado Márcio França (PSB/SP), negam; se
Noblat estiver certo, chapa pode ser anunciada ainda em janeiro
Blog
Dag Vulpi - O
jornalista Ricardo Noblat publica, neste fim de semana, uma informação
importante. A ex-senadora Marina Silva teria aceito ser vice na chapa do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Com essa composição, pesquisas
internas do PSB mostrariam Campos já à frente do senador tucano Aécio Neves
(PSDB-MG). Noblat também crava no rompimento entre PSB e PSDB em São Paulo –
hipótese, até agora, rechaçada por dirigentes socialistas no estado, como o
deputado Márcio França (PSB-SP). Leia, abaixo, seu texto:
A ex-ministra
Marina Silva, do Meio Ambiente, ganhou a queda de braço com o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, aspirante a candidato do PSB à sucessão da
presidente Dilma Rousseff. O PSB não apoiará o governador Geraldo Alckmin
(PSB), de São Paulo, candidato à reeleição.
Em
compensação, Marina concordou em ter sua candidatura a vice de Eduardo lançada
ainda neste mês – ou no máximo até meados de fevereiro. No próximo dia 17
haverá no Recife um encontro informal de dirigentes nacionais do PSB. Entre
outros assuntos, discutirão nomes para a vaga de Alckmin.
Eduardo guarda
na memória do seu computador pessoal os resultados de pesquisa recente
encomendada pelo PSB sobre a eleição em São Paulo. Uma das questões propostas
aos entrevistados testou a popularidade de Marina Silva e o alcance do seu
apoio como vice à candidatura de Eduardo.
A popularidade
de Marina bateu a casa dos 20%. Com o apoio dela, Eduardo ultrapassa Aécio
Neves, aspirante a candidato do PSDB a presidente, nas maiores cidades do
Estado. Os resultados da pesquisa convenceram o governador de Pernambuco a
acatar o veto de Marina ao nome de Alckmin.
A ex-prefeita
de São Paulo Luiza Erundina (PSB) resiste ao assédio de Marina para ser
candidata ao governo do Estado. Eduardo resiste à pressão da cúpula do PSB
paulista para que o partido apoie a reeleição de Alckmin e continue fazendo
parte do governo dele. O PSB precisa de candidato próprio em São Paulo para dar
palanque a Eduardo.
Em breve,
Aécio retribuirá o gesto de Eduardo que oficializou em Pernambuco a entrada do
PSDB no seu governo. O partido ganhou uma secretaria de Estado e a chefia do
Detran. O candidato de Aécio ao governo de Minas Gerais será o atual prefeito
de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB).
Em dezembro
último, Eduardo e Aécio se reuniram no Rio de Janeiro e acertaram que dividirão
o mesmo palanque nos Estados onde isso seja conveniente ao PSDB e ao PSB.
Lacerda apoiará Aécio, apesar de ser filiado ao partido de Eduardo. Mas
Eduardo, que nada tinha a perder em Minas, pelo menos ganhou um palanque para
pisar.
Palanques
comuns a Eduardo e Aécio têm muito a ver com as sucessões estaduais. O PSDB
enfrentará em Minas a forte candidatura de Fernando Pimentel (PT), atual
ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Márcio Lacerda é o
melhor nome de que pode dispor Aécio para vencer Pimentel.
PTB e PT deixaram
o governo Eduardo em outubro passado. Ou concorrerão à sucessão de Eduardo com
um único candidato ou com dois – que, num eventual segundo turno, estarão
juntos. O PSDB, que no Estado era oposição a Eduardo, agora passará para o lado
dele.
Na Paraíba, o
senador Cássio Cunha Lima (PSDB) pretende disputar o governo do Estado. Nas
contas de Eduardo, ali o PSDB acabará apoiando a reeleição do atual governador,
que é do PSB. No Paraná, Beto Richa (PSDB), governador, ganhará o apoio do PSB.
O vice dele é do PSB.
Do Brasil 247
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