O continente
africano perde o seu maior herói e revolucionário
Blog Dag Vulpi - Na noite da quinta-feira
5, o presidente sul-africano Jacob Zuma anunciou a morte do ex-presidente
Nelson Mandela, líder vitorioso da luta contra o Apartheid. Com 95 anos e
doente de infecção pulmonar e problemas de estômago, próstata e visão, ficou
internado de junho a setembro e prosseguiu com tratamento intensivo em sua casa
até o falecimento.
Formado em
Direito, Mandela aderiu em 1943 ao Congresso Nacional Africano, partido
socialista anticolonial e antirracista existente desde 1912. No ano seguinte,
foi um dos fundadores da juventude do partido e tornou-se o principal líder
regional do CNA nos anos 1950. Acusado de ser comunista, foi detido em 1952 e
em 1956. Ao atuar na clandestinidade, foi (com ajuda da CIA) preso mais uma vez
em 1962 e desta vez condenado à prisão perpétua.
Apesar de ser
classificado como terrorista e agitador comunista pelo regime racista branco e
seus aliados, inclusive Ronald Reagan e Margaret Thatcher, o crescimento da
resistência interna e do boicote internacional ao Apartheid obrigou o
governo de Pretória a transferi-lo para uma prisão na Cidade do Cabo em 1982 e
tentar negociar a partir de 1985. Em 1990, já idoso, foi libertado e passou os
quatro anos seguintes organizando a transição para a democracia. Eleito
primeiro presidente negro do país, governou de 1994 a 1999, desmantelou as
instituições racistas, investigou os crimes do regime branco, promoveu a
reforma agrária e uma integração racial pacífica. Tornou-se, desde então, um
herói nacional e mundial, embora os EUA só tenham se lembrado de retirá-lo da
sua lista de terroristas em 2008.
Do site Carta
Capital
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