terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Alves: Câmara teve "dia difícil" e "constrangedor"


Presidente da casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) descreveu o dia com base na renúncia do deputado licenciado José Genoino (PT-SP); antes, ao comentar a reunião da Mesa Diretora que decidiria a abertura ou não do processo de cassação contra o parlamentar, Alves disse que a análise do procedimento era "um tema constrangedor para a Casa"; para líderes da oposição, a renúncia do petista acaba com o desgaste entre os deputados.

A Câmara dos Deputados viveu nesta terça-feira 3 "um dia difícil" e "constrangedor", na avaliação do presidente da casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O parlamentar se refere ao pedido de renúncia do deputado licenciado José Genoino (PT-SP), que está preso em regime domiciliar após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes, ao comentar a reunião que decidiria a abertura ou não do processo que poderia cassar o mandato de Genoino, Alves comentou que este era "um tema constrangedor para a Casa". "Evidentemente não foi uma reunião que nos trouxesse alegria, porque é um tema constrangedor para a Casa a análise desse procedimento", afirmou.

Alves contou que a carta de renúncia do petista foi apresentada pelo vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-SP), durante a reunião da Mesa Diretora. "Antes da aferição dos votos, o deputado André Vargas apresentou um documento de Genoino de renúncia ao mandato. Então, o processo de cassação nem chegará à Comissão de Constituição e Justiça", explicou Henrique Alves.

Oposição pede perda de mandato e diz que renúncia acaba com desgaste
Para líderes da oposição, a renúncia do ex-deputado José Genoíno (PT-SP), que cumpre pena por corrupção no processo do mensalão, acaba com o desgaste da Câmara dos Deputados. Eles cobraram que a perda do mandato de outros deputados condenados sejam declarada imediatamente, sem a necessidade de processo interno.

O líder do PPS, Rubens Bueno, disse que a renúncia encerra a possibilidade de "deputado presidiário". "A renúncia definitivamente acaba com esse processo na Câmara, e não teremos o desgaste da Casa, que ficaria com a história do deputado presidiário sendo processado internamente sem saber quando seria julgado", disse.

Bueno defendeu, no entanto, uma eventual aposentadoria de Genoíno. "A renúncia não tem a ver com a aposentadoria, a aposentadoria é uma questão legal", disse.

O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse esperar que os outros três condenados – João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP) –, também renunciem. "Essa Casa já deveria ter cumprido a decisão do Supremo Tribunal Federal e ter dado os condenados como cassados. Espero que os outros também tenham o bom senso de caminhar por esse trajeto para poupar a Casa de desgaste", disse.

Agência Câmara


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