Presidente da
casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) descreveu o dia com base na
renúncia do deputado licenciado José Genoino (PT-SP); antes, ao comentar a
reunião da Mesa Diretora que decidiria a abertura ou não do processo de
cassação contra o parlamentar, Alves disse que a análise do procedimento era
"um tema constrangedor para a Casa"; para líderes da oposição, a
renúncia do petista acaba com o desgaste entre os deputados.
A Câmara dos
Deputados viveu nesta terça-feira 3 "um dia difícil" e "constrangedor",
na avaliação do presidente da casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O
parlamentar se refere ao pedido de renúncia do deputado licenciado José Genoino
(PT-SP), que está preso em regime domiciliar após ser condenado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
Antes, ao
comentar a reunião que decidiria a abertura ou não do processo que poderia
cassar o mandato de Genoino, Alves comentou que este era "um tema
constrangedor para a Casa". "Evidentemente não foi uma reunião que
nos trouxesse alegria, porque é um tema constrangedor para a Casa a análise
desse procedimento", afirmou.
Alves contou
que a carta de renúncia do petista foi apresentada pelo vice-presidente da
Câmara, André Vargas (PT-SP), durante a reunião da Mesa Diretora. "Antes
da aferição dos votos, o deputado André Vargas apresentou um documento de
Genoino de renúncia ao mandato. Então, o processo de cassação nem chegará à
Comissão de Constituição e Justiça", explicou Henrique Alves.
Oposição pede
perda de mandato e diz que renúncia acaba com desgaste
Para líderes
da oposição, a renúncia do ex-deputado José Genoíno (PT-SP), que cumpre pena
por corrupção no processo do mensalão, acaba com o desgaste da Câmara dos
Deputados. Eles cobraram que a perda do mandato de outros deputados condenados
sejam declarada imediatamente, sem a necessidade de processo interno.
O líder do
PPS, Rubens Bueno, disse que a renúncia encerra a possibilidade de
"deputado presidiário". "A renúncia definitivamente acaba com
esse processo na Câmara, e não teremos o desgaste da Casa, que ficaria com a
história do deputado presidiário sendo processado internamente sem saber quando
seria julgado", disse.
Bueno
defendeu, no entanto, uma eventual aposentadoria de Genoíno. "A renúncia
não tem a ver com a aposentadoria, a aposentadoria é uma questão legal",
disse.
O líder do
DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse esperar que os outros três condenados
– João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto
(PR-SP) –, também renunciem. "Essa Casa já deveria ter cumprido a decisão
do Supremo Tribunal Federal e ter dado os condenados como cassados. Espero que
os outros também tenham o bom senso de caminhar por esse trajeto para poupar a
Casa de desgaste", disse.
Agência Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi