Nomeação do tenente-coronel José
Dirceu foi publicada no Diário Oficial.
Inquérito sobre o caso de 'carteirada' está em fase final, diz delegado.
Mesmo com um processo em andamento,
o tenente-coronel José Dirceu, da Polícia Militar, flagrado tentando furar uma
blitz da Lei Seca, passa a ser chefe do Centro Administrativo da PM, conforme
foi publicado no Diário Oficial, nesta quarta-feira (27). Segundo a Secretaria
de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), o servidor público é
concursado e pode ocupar o cargo. O órgão informou que, para evitar qualquer
tipo de pré-julgamento, só se manifestará após o término do Inquérito Policial
Militar, instaurado no final de outubro.
O caso aconteceu no dia 13 de
outubro. Segundo os policiais que faziam a blitz, o militar saía do
estacionamento de uma boate e foi abordado. Ao ser parado, o vídeo mostra o
tenente-coronel questionando: "Você sabe que eu sou coronel da polícia,
né? Vocês querem me ferrar?", diz. Os soldados suspeitaram que o motorista
estivesse embriagado e solicitaram a documentação, que foi negada. No áudio do
Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), os diálogos apontam que
o tenente-coronel deixou o local da blitz e uma ocorrência feita contra ele
acabou sendo cancelada por determinação de um major da PM.
Questionada sobre a mudança, a Sesp
ainda informou que os cargos de vários oficiais também foram alterados e essas
movimentações são periódicas, feitas sempre que o comando geral julgar
necessário.
Investigações
As investigações sobre o caso estão com a Delegacia de Trânsito. O titular
Fabiano Contarato explicou que o inquérito que pode indiciar o militar por
quatro crimes já está para ser finalizado. "Já ouvi várias pessoas, cumpri
mandados de busca e apreensão, e estou para finalizar o inquérito indiciando
ele por crime de resistência, pois ele se opôs a um ato legal que era a blitz,
por crime de desacato e o crime de denunciação caluniosa, pois o tenente foi
até a auditoria da Polícia Militar para denunciar os policiais que o abordaram
sabendo que eram inocentes. E, se for confirmado, por ele ter dirigido após
ingerir bebidas alcoólicas", disse.
Segundo o delegado, o relatório que
ele escreve já está entre 50 e 60 páginas e falta apenas sair o laudo do HD que
foi apreendido na boate que o tenente-coronel estava antes de ser abordado na
blitz. "Não sei precisar quando esse laudo fica pronto, por isso não dá
para saber que dia o inquérito será finalizado. Mas assim que eu concluir,
envio imediatamente para a Justiça", falou.
Via G1ES
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