A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 5,8%, este ano. A estimativa consta no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (30) pelo Banco Central (BC). A projeção ficou 0,2 ponto percentual abaixo da previsão divulgada em junho (6%).
Para 2014, a probabilidade é que a inflação fique em 5,7%, ante 5,4% previstos anteriormente. No caso da inflação acumulada em 12 meses no final do terceiro trimestre de 2015, a estimativa é que caia para 5,5%.
Essas projeções são do cenário de referência, com base na taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar (9% ao ano) e o dólar a R$ 2,35.
O BC também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são usadas projeções de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e câmbio. Nesse caso, a inflação, este ano, deve alcançar 5,8%, a mesma do relatório de junho.
Para o próximo ano, a inflação deve ficar em 5,7%, ante 5,2% previstos anteriormente. A projeção para a inflação acumulada em 12 meses no final do terceiro trimestre de 2015 é 5,4%.
Todas as estimativas para a inflação estão acima do centro da meta que é 4,5% e têm margem de dois pontos percentuais. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação. O principal instrumento que influencia a atividade econômica e, por consequência, a inflação, é a taxa Selic. Com a alta da inflação no país, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual, em maio, julho e agosto. A próxima reunião do Copom este ano será nos dias 8 e 9 de outubro.
No cenário de referência, a probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior da meta (6,5%) ficou em aproximadamente 17%, este ano, e em 29% para 2014. No cenário de mercado, essas projeções são, respectivamente, 14% e 31%.
As previsões do relatório usam informações disponíveis até a data de corte – 6 de setembro de 2013.
Índice de Confiança do Comércio cai 3,6% no trimestre
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) no terceiro trimestre, encerrado em setembro, caiu 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado. É a oitava queda consecutiva e, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o pior resultado desde maio de 2012, quando também havia caído 3,6%.
O subíndice da Situação Atual, que mede a satisfação com o presente, caiu 4,6%. O subíndice de Expectativas, que avalia o otimismo do empresário do comércio em relação aos próximos meses, recuou 3%. Os dois indicadores já tinham apresentado quedas em agosto, de 3,5% e 2,5%, respectivamente.
O Índice de Confiança do Comércio piorou nos cinco grandes setores: varejo restrito (-4,8%), varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção (-4%), materiais de construção (-0,1%), veículos, motos e peças (-2,7%) e atacado (-2,9%).
BC reduz projeção para crescimento da economia para 2,5% este ano
O Banco Central (BC) reduziu a projeção de crescimento da economia, este ano, de 2,7% para 2,5%. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi divulgada hoje (30) pelo Banco Central, no Relatório Trimestral de Inflação.
O BC também divulgou a projeção para o crescimento do PIB em quatro trimestres encerrados em junho de 2014 (2,5%).
De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula o PIB, a economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior.
O PIB – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – totalizou R$ 1,2 trilhão no período de abril a junho. No acumulado do ano, a expansão foi 2,6% e, em 12 meses encerrados em junho, 1,9%.
BC vê ritmo mais moderado de consumo e boas perspectivas para investimentos
O consumo continuará em crescimento, mas em ritmo mais moderado. Em contrapartida, os investimentos e as exportações líquidas (descontadas as importações) ganharão impulso. Esse é um cenário traçado pelo Banco Central (BC), no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (30).
O BC destaca que a economia brasileira segue em expansão, com ritmo de atividade do segundo trimestre maior em relação ao três primeiros meses de 2013. O BC cita no documento a recuperação das exportações e a continuidade da expansão dos investimentos.
“Cabe notar, ainda que o cenário central contempla ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano, ou seja, uma trajetória de crescimento”, acrescenta o BC. O relatório informa ainda que a expansão econômica estará “mais alinhada com o crescimento potencial”.
Para o BC, a demanda doméstica “tende a se apresentar relativamente robusta, especialmente o consumo das famílias”. Segundo o BC, isso é consequência dos fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito. Mas, na avaliação do BC, a demanda doméstica ainda será impactada, neste e nos próximos semestres, por efeitos remanescentes das elevações da taxa básica de juros, a Selic.
O BC eleva a Selic quando considera que a inflação está em alta, com a economia muito aquecida. Quando há alta da Selic, a tendência é a redução do consumo.
Este ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio, julho e agosto. A próxima reunião do Copom este ano será nos dias 8 e 9 de outubro.
O BC avalia ainda que os programas de concessão de serviços públicos e as permissões para exploração de petróleo “criam boas perspectivas para os investimentos e para a produção industrial.”
No relatório, o BC informou que reduziu a projeção de crescimento da economia, este ano, de 2,7% para 2,5%.
Agência Brasil
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