A área plantada de coca na Colômbia caiu 25% em 2012, ante 2011. No final do ano passado, as plantações ocupavam 48 mil hectares. Um ano antes, as plantações ocupavam 64 mil hectares. O país manteve a tendência de redução da área plantada e da produção de coca, observada desde 2007. Os números foram divulgados hoje (8), pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc).
A redução na área plantada foi a menor desde 1999, quando o monitoramento começou a ser realizado. Na divulgação do relatório anual do Sistema Integrado de Monitoramento de Cultivos Ilícitos (Simci), o representante do Unodc na Colômbia, Bo Mathiasen, destacou que houve queda em 23 dos 32 departamentos colombianos.
“Observamos uma tendência de redução na maior parte do país, mas também há resistência em algumas regiões, onde os cultivos são mantidos ou aumentaram nos últimos 10 anos”, disse Mathiasen.
Para o Unodc a manutenção de plantações em algumas áreas está relacionada à dificuldade de erradicação manual da coca e também ao fato de que, em reservas indígenas e em parques nacionais, o borrifamento (aspersão) de substâncias para matar as plantas de coca não vem sendo realizada pelo governo colombiano, devido a um acordo entre as comunidades e o Estado.
Mathiasen ponderou que a tendência de resistência reflete a necessidade de se investir na sustentabilidade e incrementar ações e projetos alternativos para o desenvolvimento regional destas comunidades.
Com relação à quantidade de droga produzida, a estimativa também é queda. O subdiretor de Política Antinarcóticos da Colômbia, coronel Esteban Arias afirmou, durante a coletiva de imprensa no Unodc, em Bogotá, que a queda da produção total foi menor que a queda de área plantada, e foi estimada em 309 toneladas no ano passado.
O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, comemorou os resultados: “Ano passado tivemos um pequeno incremento da área plantada e admitimos. Agora a redução da área plantada foi maior e o mais impactante é a estimativa de que a produção da cocaína tenha caído a seu menor índice da história”, afirmou.
Agência Brasil/EBC
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