Dilma vai sugerir
debate sobre sistema eleitoral e financiamento de campanha, mas "outras
balizas podem aparecer"
A presidenta
Dilma Rousseff confirmou que enviará nesta terça-feira 2 ao Congresso uma
mensagem pedindo um plebiscito para discutir a reforma política. Na proposta
encaminhada pelo Executivo ao Legislativo serão apontadas as linhas gerais do
plano, mas outros aspectos poderão ser abordados na consulta. O governo,
segundo Dilma, pretende discutir pelo menos dois pontos: o financiamento de
campanha e o sistema eleitoral, mas a população terá a possibilidade de
escolher entre o voto proporcional, distrital e misto.
De acordo com
Dilma, a formulação das perguntas não cabe ao Palácio do Planalto, mas ao
Congresso e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela lembrou que cabe
exclusivamente ao Congresso o poder de convocar uma consulta popular. “Não
vamos dar sugestões de perguntas. Isso fica entre o Senado, a Câmara dos
Deputados e o Tribunal Superior Eleitoral. Está claro, na Constituição, que
quem convoca plebiscito é o Congresso Nacional”, disse Dilma, informando que o
Congresso poderá mudar a proposta de reforma política enviada pelo Planalto.
Segundo Dilma,
o governo apontará "em linhas gerais as balizas" que julga
importantes. "Isso não significa que outras balizas não podem aparecer”,
afirmou.
Na
segunda-feira 1º, Dilma interrompeu a reunião ministerial, a terceira de seu
governo, para dar uma entrevista coletiva. Dilma afirmou que seria
“oportuno” que as eventuais mudanças resultantes do plebiscito sobre a reforma
política valessem para as eleições de 2014, mas ressaltou que esse prazo não
depende do governo. “Não tenho governabilidade sobre essa questão. Gostaria que
tivesse efeito sobre essa eleição, agora se vai ser possível ou não, isso vai
levar em conta uma séria de questões práticas do Tribunal Superior Eleitoral,
da Câmara e do Senado.”
A palavra
plebiscito vem do latim e significa “decreto da plebe” (atualmente, do povo). A
consulta nessa forma é convocada antes da criação da norma – seja ato
legislativo ou administrativo. Os eleitores são convocados a opinar sobre um
determinado tema para que os legisladores definam a questão. Nos últimos 20
anos, houve um plebiscito, em 1993, e um referendo, em 2005.
No Brasil, a
legislação determina que a realização de plebiscito ou de referendo deve ser
proposta e aprovada por decreto legislativo – aprovado pelo Senado e pela
Câmara. Só com a autorização do Congresso Nacional, os eleitores serão chamados
a opinar. O Executivo sugere, mas o Legislativo é que define, inclusive, o que
vai ser perguntado ao eleitorado.
Com
informações da Agência
Brasil
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