O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, fez hoje (9) um apelo para que os parlamentares não
aprovem propostas que resultem em aumento de gastos públicos. Em reunião com o
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Mantega
pediu que o equilíbrio fiscal seja preservado.
“O ministro,
de maneira muito ponderada, fez um apelo para que ocorra um severo controle dos
gastos, sobretudo nesta hora em que o país quer ser muito rigoroso do ponto de
vista fiscal. Esse tema, eu compreendi”, declarou o deputado ao sair do
encontro.
De acordo com
Alves, o Congresso é parceiro do governo na manutenção da responsabilidade
fiscal. Segundo ele, os deputados vão compreender a necessidade de que o corte
adicional no Orçamento Geral da União, que deverá ser anunciado nos próximos
dias, afete cerca de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares. O presidente da
Câmara, no entanto, pediu que o governo explique melhor ao Congresso os motivos
do novo contingenciamento (bloqueio).
“[O corte de
emendas] depende da explicação, da motivação. O Congresso quer ser parceiro
nessas preocupações com o equilíbrio fiscal. Não haverá problema [em cortar
emendas], mas tem de ser estabelecido um diálogo franco, aberto, transparente e
verdadeiro”, declarou Alves.
Em uma hora e
meia de encontro, Alves e Mantega discutiram a proposta que introduz o
Orçamento impositivo – que não pode ser cortado pelo governo – e a renegociação
da dívida dos estados e dos municípios. O presidente da Câmara esclareceu ao
ministro que o orçamento impositivo valerá apenas para projetos prioritários
aprovados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
“Houve versões
de que o Orçamento impositivo incluiria apenas emendas parlamentares aleatórias
e até de que abrangeria todo o Orçamento. Vim aqui esclarecer que a proposta
vale apenas para projetos prioritários do governo, colocados na LDO”, explicou
Henrique Alves.
Apesar de ter
confirmado que a revisão da dívida dos estados e dos municípios com a União
tenha sido discutida, o presidente da Câmara não informou se houve avanços em
relação ao tema. Há dois meses, o governo retirou da Câmara o projeto de lei
complementar que altera o indexador da dívida das prefeituras e dos governos
estaduais porque os deputados incluíram um dispositivo que reduz até 45% os
débitos com a União, que não foi aceito pela equipe econômica.
da
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi