Uma van do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) foi incendiada na noite desta quinta-feira durante protesto no Rio de Janeiro. O veículo da emissora, que cobria o ato, estava estacionado próximo à prefeitura.
Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia após tentar entrar no prédio do Executivo municipal e ateou fogo ao carro. O protesto no Rio reúne mais de 300 mil pessoas. A Tropa de Choque da Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que se postava em frente à prefeitura.
Na fuga da Presidente Vargas, um grupo de 50 pessoas acabou ficando encurralado em frente à sede do Batalhão de Choque, na rua Salvador de Sá. Com as mãos para o alto, os manifestantes pediam para que o Choque parasse de agir. Alguns policiais jogaram spray de pimenta de cima de suas motocicletas em quem caminhava pela rua.
Um PM do posto se dirigiu aos policiais do Choque e "negociou" que a tropa não agisse para cima do grupo. O Choque recuou, e o PM foi aplaudido pelos manifestantes. "Vocês podem ficar aqui, desde que não haja violência. Sei que vocês são trabalhadores, e eu também sou", afirmou o PM identificado como sargento Alves.
Manifestantes fizeram várias fogueiras na avenida Presidente Vargas. Enquanto PMs atiravam bombas de gás, o grupo se protegia utilizando pedaços de madeira como escudo. A polícia montou um bloqueio que cercou os manifestantes. Parte deles seguiu em direção à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e a maioria para a Cinelândia, onde ocorreu novo confronto.
Uma barreira do Batalhão de Choque que estava no Maracanã se deslocou do local para reforçar a segurança nas imediações da avenida Presidente Vargas. Após a dispersão, boa parte dos manifestantes começou a marchar em direção ao estádio, que fica a cerca de 1,5 quilômetro da prefeitura, mas retornou diante do bloqueio policial.
No início do protesto, a PM estimou em 300 mil o número de pessoas nas ruas. Segundo os manifestantes, o número deve chegar a 1 milhão.
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Dag Vulpi