Manifestantes contrários à exibição de bandeiras de partidos políticos e militantes de movimentos sociais e siglas entraram em confronto em São Paulo em protesto na noite desta quinta-feira. Um grupo de homens usando toucas ninja para esconder o rosto atacou militantes com socos e pontapés e provocou correria. Pelo menos um manifestante foi visto sangrando na cabeça depois do confronto.
O grupo "vermelho", identificado assim pela cor das roupas, estava sendo protegido por um cordão humano feito pelos próprios militantes, uma vez que os demais populares são contrários a essas demonstrações políticas. Os agressores tentaram furar o bloqueio e dissolver o bloco. O grupo conseguiu tomar algumas bandeiras e queimá-las.
O grupo "vermelho", identificado assim pela cor das roupas, estava sendo protegido por um cordão humano feito pelos próprios militantes, uma vez que os demais populares são contrários a essas demonstrações políticas. Os agressores tentaram furar o bloqueio e dissolver o bloco. O grupo conseguiu tomar algumas bandeiras e queimá-las.
Dos símbolos em camisetas e bandeiras no grupo "vermelho", pode-se identificar a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento Sem-Terra (MST) e o Partido dos Trabalhadores (PT), sendo os militantes do PT o "alvo" principal da contrariedade dos "apolíticos".
Mais cedo, houve um princípio de tumulto na avenida Paulista quando a manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), se encontrou com militantes de partidos. Enquanto ato do MPL seguia pela via no sentido Paraíso, militantes de esquerda e de sindicato caminhavam no sentido contrário.
Alguns manifestantes iniciaram uma briga, que foi separada pelos próprios companheiros. Ambos os lados se envolveram em uma discussão. “Isso não é democracia, democracia é os dois lados”, diziam os militantes de partidos, enquanto os apartidários respondiam: “Abaixa a bandeira”. A polícia não chegou a intervir na confusão, que durou cerca de 10 minutos. Em seguida, as marchas continuaram, separadas.
O professor da rede pública João Victor Pavesi de Oliveira, 27 anos, integrante do diretório municipal do Psol, participou de todas as manifestações em São Paulo e admitiu que o movimento contra os partidos está “assustando”. “Ganhou uma proporção que ninguém esperava, setores de direita aderiram às manifestações e começaram um novo movimento”, disse.
“Existe o receio, sim (das pessoas que estão com camisetas de partidos serem agredidas). Nós temos o medo de se criar uma nova “Maria Antonia”, afirmou, referindo-se ao confronto de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Mackenzie em 1968 na rua Maria Antônia.
João Victor veio todos os dias aos protestos com a camiseta do Psol, mas, depois da hostilidade com que militantes de partidos de esquerda foram recebidos na segunda-feira, o movimento se reuniu para tomar medidas para se proteger. Nesta quinta-feira, todos estão andando em grupos, com o objetivo de defender um ao outro.
Segundo o professor, as manifestações estão plurais, mas ainda segmentadas: de um lado os movimentos de esquerda e, do outro, os de direita. “Compreendemos o sentimento de desgoto das pessoas em relação aos partidos, porque houve uma repressão às pessoas, mas vamos continuar nas manifestações porque desde o começo levantamos a bandeira do transporte para todos”, afirmou.
Terra
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