Manifestantes cercaram e gritaram contra uma equipe da TV Anhanguera, retransmissora da Globo em Palmas, durante a manifestação desta quinta-feira na capital de Tocantins. Apesar dos ataques verbais, não houve agressão física, apenas gritos como: “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo". Os repórteres da emissora que estavam cobrindo a manifestação tiveram dificuldades para fazer entrevistas e gravar, devido aos insultos.
A multidão seguiu até à residência do governador do Estado, Siqueira Campos (PSDB), onde encontraram uma barreira da Polícia Militar. No local, eles xingaram o governo de “ladrão” e gritaram “ido, ido, ido...Fora Siquerido”. A PM de Tocantins informou que uma pessoa foi ferida na cabeça em frente à casa do governador. Trata-se do patrulheiro da PM identificado apenas como Everaldo, atingido por uma pedrada na cabeça. Ele foi levado para o hospital.
Segundo o cálculo da PM, o protesto reuniu cerca de 10 mil pessoas se reuniram, hoje na capital do Tocantins, Palmas, para protestarem contra o monopólio das empresas de ônibus na cidade. Com cartazes, a multidão também reivindicou melhorias na saúde, educação, pediram mais programas de moradias e ainda protestaram contra a PEC 37 (que pretende tirar o poder de investigação do Ministério Público). A Polícia de Choque fez um cordão de isolamento em torno do Palácio Araguaia, sede do governo de Tocantins, e a Prefeitura Municipal de Palmas.
No meio da multidão, algumas pessoas apenas acompanhavam a movimentação, sem saber ao certo o motivo da caminhada. “Estou protestando contra a PEC 31”, disse uma jovem, confundindo o número da Proposta de Emenda Constitucional, na verdade, a PEC 37, que é criticada em manifestações pelo País.
Como a frota de ônibus foi reduzida hoje, parte da população não teve transporte público para chegar até o local da manifestação e tiveram que caminhar até o ponto de concentração. Exceto a hostilização contra a equipe de TV, o protesto seguia de forma pacífica na noite desta quinta-feira.
Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
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