quinta-feira, 6 de junho de 2013

Refletindo Consciencia


Com um alerta tão contundente quanto Uma Verdade Inconveniente (2006) e A Última Hora (2007), Wall-E pode ser descrito como tudo, exceto uma simples animação. Vencedor do Oscar 2009 de melhor animação, o filme toca pais e filhos, netos e avós, tios e sobrinhos 

Os minutos iniciais do filme nos apresentam a um cenário apocalíptico: o planeta Terra soterrado por montanhas de lixo, habitado apenas por um robô e uma barata. Essa desolação é quebrada apenas pelo carisma do robozinho Wall-E, que sonha encontrar um amor, embalado pelo musical de 1969 "Hello, Dolly", estrelado por Barbra Streisand e Walter Matthau, que ele revê todo dia quando volta para casa. Essa é a única coisa doce que restou em um mundo entulhado de lixo e poluído.

Até que surge Eva, uma robozinha branca enviada pelos humanos para descobrir se a Terra era habitável novamente, cerca de 700 anos depois que eles trocaram o planeta por uma nave espacial. Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada. Quando vida é encontrada na forma de uma planta crescendo numa bota velha, Eva retorna a espaçonave e Wall-E a segue. 

O expectador é então apresentado ao modo de vida dos humanos. Mais obesos e consumistas do que nunca, eles circulam em suas esteiras flutuantes numa nave que parece um navio de cruzeiro, completamente alienados não só da realidade lá fora, isto é, no planeta Terra, mas também do contato com seus próprios vizinhos, com quem se relacionam apenas através de monitores holográficos prostrados a meio palmo diante de seus olhos. 

As pessoas se esqueceram da Terra e de coisas simples como a cor do céu e dançar. Resta a Wall-E ensiná-los a não desistir do planeta e a recuperar algo tão essencialmente humano quanto o afeto.


Com emoção, imaginação e humor Wall-E faz uma crítica incisiva ao consumismo, a devastação do meio ambiente, a alienação das pessoas e diminuição dos laços afetivos entre elas. É definitivamente um filme bom para pensar.

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Dag Vulpi

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