21 de junho - Vidraças são quebradas em concessionária de veículos no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Ainda é cedo
para avaliar os impactos da recente onda de protestos na economia brasileira e
nos investimentos no País. Mas analistas e especialistas ouvidos pela BBC
Brasil ressaltam que investidores não costumam ser lá muito afeitos a
incertezas - e a única certeza desses protestos é que ninguém sabe ao certo
como e em que condições vão terminar.
"Ao menos
no curto prazo, os protestos não contribuem para aumentar a confiança na
economia brasileira, que já vinha sofrendo com uma crise de credibilidade em
função da recente desaceleração e de um cenário externo desfavorável", diz
Wilber Colmerauer, diretor da Emerging Markets Investments em Londres.
"Quem ia
fazer algum investimento no Brasil provavelmente vai esperar um pouco para que
a situação fique mais clara e também já temos informações de multinacionais que
estão antecipando remessas de dividendo com medo de uma nova desvalorização do
real."
Para
Colmerauer, no curto prazo, as tensões sociais devem contribuir para a saída de
capitais e uma maior pressão cambial. O Ibovespa, principal índice da bolsa
brasileira, fechou a sessão de sexta-feira com uma baixa de 2,4%, atingindo
47.956 pontos, o menor nível desde abril de 2009. No ano, a queda já é de mais
de 20%.
É claro que é
preciso fazer uma distinção clara entre as expectativas do mercado financeiro e
os investimentos diretos, de longo prazo, como ressalta Richard Lapper, diretor
do Brazil Confidential, o serviço de análises sobre o Brasil do jornal
britânico Financial Times.
Terra
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