O povo brasileiro é escravo da mentira, governado por poderes paralelos constituídos por criminosos

Por Paulo Carneiro*, no site do Jornal O PORRETE

Antes de começar a falar sobre os argumentos contidos no título desse ensaio, permitam-me voltar a mencionar minha opinião sobre o papel da imprensa, a única arma capaz de defender a sociedade.

O 4º PODER

A imprensa é conhecida no mundo como o quarto poder, o único que pode enfrentar os poderes legalmente constituídos e desviados das suas obrigações fundamentais, ou os governos de exceção.

No entanto, as empresas de comunicação, condicionadas pelas necessidades de sobrevivência do mundo capitalista, sujeitam-se as regras e condições dos governantes. Aliás, grande parte da imprensa mundial, emissoras de rádio e televisão, jornais e revistas, são de propriedade dos que governam. A mídia formada nas redes sociais também comprova a nossa afirmação. Zé Dirceu, Palocci, Maluf, Sarney, Renan Calheiros, Aécio Neves, Magno Malta, viraram jornalistas na internet. Já perdi a conta dos Jornais de mentirinha do PMDB, PSB, PR, PDT, DEM, PSD e todos os demais que jogam lixo nas caixas de armazenamento de informações da internet.  

O JORNAL O PORRETE É DO POVO.

Sigam-nos os que forem brasileiros.  

Sinto-me envergonhado sendo compulsoriamente obrigado a acompanhar a escritura dos capítulos cotidianos da história do Brasil.

O mês de maio foi especialmente repleto de acontecimentos gerados pelos chefes das organizações criminosas que, na verdade, assumiram o poder das instituições criadas em Assembléia Nacional Constituinte para garantir ao povo brasileiro um legítimo Estado democrático de direito.

BANDIDOS SIM 1

Vou provar que não estou acusando ninguém, são eles, os próprios marginais que descarada e publicamente confessam seus crimes à nação.

Os primeiros dias do mês de maio foram especiais na construção da nossa história, dedicados a duras batalhas na interminável e suja guerra pela conquista do poder, envolvendo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Ressoava aos ouvidos da nação as opiniões do ministro presidente do STF, Joaquim Barbosa, em palestra proferida para uma platéia acadêmica, falando sobre os descaminhos da República, as relações espúrias entre a presidência da República, o Congresso Nacional e os partidos políticos de mentira.

GUERRA AO MINISTRO

As reações dos imperialistas, aqui retratados como organizadores e executores das orgias promovidas na Côrte foram imediatas. Reuniram-se e uniram-se todos e declaram guerra ao ministro, os nobres políticos, as elites capitalistas (que dividem a sociedade em duas classes distintas e antagônicas: a dos possuidores dos meios de produção, capital, e a do proletariado industrial e rural, os trabalhadores), deputados federais, senadores, reforçados com o apoio dos injustiçados, tendo como exemplo os condenados no julgamento de mensalão. Ameaças e retaliações jorraram das fontes da imoralidade.

Chegaram ao absurdo de afirmar que a autoridade do Congresso Nacional se sobrepunha a autoridade da Suprema Côrte de Justiça do país.

No Brasil corruptos unidos jamais serão vencidos, muito menos, sendo julgados e condenados jamais irão para a cadeia.

Que país é esse? Pergunto eu. Também respondo. Um país em que o presidente do Senado da República carrega em seu desfavor uma rica ficha de antecedentes com fortes acusações da autoria de crimes contra o Estado e contra a nação. Um país no qual o ex-governador do Estado de Minas Gerais, hoje também senador, Aécio Neves, é réu de uma Ação Civil, respondendo pelo crime de improbidade administrativa, acusado de ter desviado recursos da ordem de R$ 3 bilhões destinados a rede pública de saúde, não conseguindo explicar onde foi parar o dinheiro.

Esse fato isolado é o fio da meada para desenrolar o novelo e explicar o caos da saúde pública, as unidades da rede transformadas em Casas de Passagem dos nossos doentes para as gavetas dos Departamentos Médicos Legais.

O senador Aécio Neves é esse mesmo que o leitor imagina. Que invade nossas casas fazendo campanha eleitoral extemporânea para presidente em 2014.

BANDIDOS SIM 2

Paralelamente a essas batalhas, outra era iniciada na Câmara dos Deputados. Chegava à fase final a tramitação da MP dos Portos (595), decretada pela presidente Dilma Rousseff sob o argumento de ser imperiosa e improrrogável uma nova lei de regulamentação das atividades portuárias.

Repito, não sou quem está dizendo, foram eles, os deputados federais que, ao vivo e a cores, mostrados pelas emissoras de televisão para o Brasil e para o mundo, revelaram quem são os representantes do povo brasileiro, sem o uso de máscaras, na cara limpa.

RÉUS CONFESSOS

Usando a tribuna da Casa o deputado Anthony Garotinho revelou que a aprovação da MP havia sido transformada em um grande negócio, comparado pelo parlamentar como um "Show do Milhão", com o governo comprando votos, chegando a prometer e não cumprindo, denunciar nominalmente os colegas vendedores.

A acusação foi confirmada dias depois com a presidente Dilma oferecendo aos vendedores de votos a aprovação das suas emendas parlamentares ao Orçamento e a liberação de recursos para seus currais eleitorais.

Vale uma observação, está mais do que comprovado que a liberação dessas emendas é negociada pelos deputados com empreiteiros de obras públicas, as futuras licitações serão realizadas com cartas marcadas e os vencedores previamente contratados, gerando os imorais superfaturamentos, gordura que garante o pagamento das CPF, que neste esquema significa Comissão Por Fora.

Os deputados ofendidos por Garotinho deram o troco na mesma moeda, tornando público pela televisão que o acusador é "Chefe de Quadrilha" e afirmaram que cassariam o seu mandato.

Posteriormente, nos bastidores, os réus confessos celebraram um acordo. Garotinho não revelaria os nomes dos vendedores de votos e eles não pediriam a cassação do seu mandato.

No entanto, as negociações de apoio ao governo, da compra e venda de votos da base aliada foi muito mais longe. A presidenta foi obrigada a atender aos pedidos de nomeações de parentes, amigos e concubinas dos dirigentes de partidos políticos para cargos dos mais altos escalões da Côrte, entrando na dança a criação de novos cabides para atender a demanda e, também, de ministérios.

Vale tudo na guerra pelo poder de olho nas eleições de 2014.

O TREM DA CORRUPÇÃO NÃO TEM FREIOS

Semanalmente os brasileiros tomam conhecimento de operações realizadas pelos Ministérios Públicos estaduais e Ministério Público Federal, com apoio da Polícia Federal, cumprindo mandados de busca, apreensão e prisão de políticos, empresários e servidores acusados como autores de crimes por desvios de verbas, superfaturamento, peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro.

Como todos eles estão blindados pela impunidade, a viagem do "Trem da Corrupção" continua, sem freios. Sai passageiro, entra passageiro e o povo vai pagando a conta, até mesmo com a própria vida, como no caso dos brasileiros necessitados de assistência à saúde, de segurança, de educação.

QUEM CALA CONSENTE

Tem muita coisa que a grande imprensa ignora, faz de conta que não sabe, não noticia, não comenta.

Enquanto puder resistir aos ataques dos chefes dos poderes paralelos continuarei editando o Jornal O PORRETE, sendo feito pelo povo e para o povo.

O que eu não mostrei hoje, eu asseguro que mostrarei nos próximos capítulos.

E você leitor, vai continuar calado? Quem cala consente.

ENCERRANDO

Não posso deixar de informar que opastor Silas Malafaia prometeu que esta semana reunirá 500 mil cristãos em frente ao Congresso Nacional para protestar contra o que ele denominou "Anarquia Social", a ingovernabilidade, a corrupção, a impunidade, as imoralidades políticas.

Silas afirmou que assume um ato de cidadania, nada tem a ver com a evangelização. Segundo ele, não passará para a história como um brasileiro covarde que não combateu as suas próprias batalhas.

Prometo falar ainda dos inocentes políticos capixabas que continuam em exercício de cargos públicos, eleitos ou nomeados, mesmo como réus em centenas de processos que aguardam julgamento no TJES. 

Paulo Carneiro* e jornalista fundador e Editor Geral do Jornal O PORRETE