Esta
foi a quinta diminuição consecutiva na expectativa para o PIB de 2013.
Expectativa dos analistas para IPCA deste ano subiu de 5,80% para 5,83%.
Os economistas
do mercado financeiro baixaram, na última semana, sua estimativa para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, além de terem aumentado sua
previsão para a inflação neste ano, informou o Banco Central nesta
segunda-feira (17).
“Para o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo, que serve de referência para o sistema de metas
de inflação, a estimativa do mercado financeiro para este ano subiu de 5,80%
para 5,83%”
As estimativas
foram divulgadas por meio do relatório de mercado, também conhecido como
Boletim Focus. O documento é fruto de pesquisa da autoridade monetária com mais
de 100 instituições financeiras.
Para a
expansão do PIB de 2013, a estimativa dos analistas do mercado recuou de 2,53%
para 2,49%. Foi a quinta queda consecutiva deste indicador, que recuou, pela
primeira vez, para um patamar abaixo de 2,5%. Para 2014 a previsão de
crescimento da economia brasileira permaneceu em 3,20%.
A revisão para
baixo na expectativa de crescimento da economia brasileira feita pelo mercado
financeiro aconteceu após a divulgação do PIB do primeiro trimestre deste ano
que, segundo o IBGE, avançou somente 0,6% na comparação com os três últimos
meses do ano passado - valor que ficou abaixo da previsão dos economistas.
O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, admitiu no final de maio que a estimativa de
crescimento da economia de 3,5%, que consta no orçamento federal deste ano, não
deve ser atingida e que será revista para baixo no futuro. Entretanto, não
citou números. O presidente do BC, Alexandre Tombini, declarou que a expansão
do PIB neste ano deve ficar em torno de 3%.
Inflação
e juros
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de
referência para o sistema de metas de inflação, a estimativa do mercado
financeiro para este ano subiu de 5,80% para 5,83% - apesar do aumento de 0,5
ponto percentual na taxa básica de juros promovida pelo Banco Central, para 8%
ao ano, no mês passado. Para 2014, a previsão do mercado para o IPCA ficou
inalterada em 5,80%.
Pelo sistema
de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as
metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta
central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos
percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e
6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
O mercado
financeiro também elevou, na semana passada, sua previsão para a taxa de juros
no fim deste ano, que passou de 8,75% para 9% ao ano. Para a reunião do Comitê
de Política Monetária (Copom) de julho deste ano, a expectativa do mercado
financeiro foi mantida em uma nova alta 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano.
Para o fim de 2014, a previsão dos analistas para os juros básicos passsou de
8,75% para 9% ao ano.
Câmbio,
balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa
de câmbio no fim de 2013 ficou estável em R$ 2,10 por dólar. Para o fechamento
de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar permaneceu
inalterada em R$ 2,15.
A projeção dos
economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial
(exportações menos importações) em 2013 caiu de US$ 7,35 bilhões para US$ 6,55
bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial recuou
de US$ 10 bilhões para US$ 9 bilhões na última semana.
Para 2013, a
projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60
bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos
estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.
G1
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