Mulher
foi presa quando estava grávida, acusada de tráfico de drogas, e não foi
julgada até o momento.
Uma criança de
2 anos de idade vive desde que nasceu com a mãe dentro de uma cela
na Penitenciária Feminina de Teresina (PI) devido à falta de unidade
materno-infantil no local. A menina tem manchas por todo o corpo e doença de
difícil diagnóstico. A mulher foi presa quando estava grávida, acusada de
tráfico de drogas, e não foi julgada até o momento por conta da
demora na tramitação de seu processo.
"A mãe
desconfia que a menina tenha estresse da prisão", relatou o juiz
Marcelo Menezes Loureiro, coordenador do mutirão carcerário que o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) realiza no Piauí. Segundo ele, a lentidão é
generalizada no Estado, onde 70% dos 2,9 mil detentos são provisórios, o
maior índice do País. "Ouvimos relatos de pessoas que disseram estar
presas há mais de quatro anos, no regime fechado, sem julgamento",
informou o coordenador do mutirão.
A inspeção na
Penitenciária Feminina de Teresina ocorreu na última sexta-feira, quando a
equipe do CNJ constatou que a unidade dispõe de estrutura adequada e não é
superlotada. O que chamou atenção da Justiça foi o excesso de presas
provisórias, que dividem o espaço com condenadas.
O mesmo
problema foi verificado, também na sexta-feira, durante inspeção na
Penitenciária Regional de Teresina, onde 54% dos 379 detentos ainda não foram
julgados. Muitos protestaram contra a água, que seria pouca e imprópria
para consumo, e com a qualidade da comida. O mutirão carcerário no Piauí
foi iniciado em 15 de maio e vai se estender até 14 de junho.
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