Reportagem
publicada na edição deste fim de semana da revista Veja afirma que
ex-ministros da Casa Civil José Dirceu, que deixou o cargo em 2005 após o
escândalo do mensalão, e Erenice Guerra, demitida em 2010, aproveitaram a
influência no poder para fazer uma parceria para atender empresas interessadas
em negócios com o governo. A publicação fala que eles criaram uma "joint
venture do lobby" em Brasília. Dirceu seria o "consultor"
preferido das grandes empreiteiras, das empresas de tecnologia e dos bancos.
Erenice teria seu nicho de atuação nas empresas e fundos de pensão com
interesses ligados ao Ministério de Minas e Energia, onde atuou.
A revista faz
referência a uma reunião no escritório da ex-ministra que teria sido agendada
por Dirceu, no começo de março, com a presença de Flávio Nunes Rietmann,
ex-executivo do banco Cruzeiro do Sul, liquidado no ano passado pelo Banco
Central, e dono de uma corretora de valores. Rietmann teria pedido ajuda para
passar à frente títulos a um fundo de pensão, numa operação que poderia
movimentar R$ 100 milhões. As partes envolvidas dividiram uma comissão de 10%
no valor final do negócio. A Veja diz que Erenice convocou em seu
escritório Fabio Resende, diretor da Previnorte (fundo de pensão dos
funcionários da Eletronorte) e teria dado ordem para comprar o título. No
entanto, a revista não soube informar se o negócio foi concretizado. Fábio
Resende disse à publicação que nunca participou de reunião com a ex-ministra
para tratar de negócios. Flávio Rietmann não quis comentar a reportagem e
Erenice disse que não fala sobre seus clientes. Já Dirceu negou a existência da
sociedade.
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