Pelo menos 130 detentos fazem greve de fome desde o começo de fevereiro na prisão militar norte-americana de Guantánamo, em Cuba. Segundo a agência pública de notícias cubana, a Prensa Latina, a maioria dos presos é acusada de terrorismo e segue a religião muçulmana. Os prisioneiros se queixam de desrespeito principalmente em relação à religião.
De acordo com a agência pública de notícias de Cuba, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos reconhece que há 43 prisioneiros fazendo greve de fome, sendo que 11 estão sendo alimentados por sonda.
Os guardas decidiram colocar alguns prisioneiros em celas individuais. A decisão gerou reações e seis detentos foram feridos por balas de borracha. O confronto entre presidiários e guardas ocorreu um dia depois de 13 médicos e assistentes da Cruz Vermelha visitarem Guantánamo para avaliar as condições de saúde dos detentos. A greve de fome foi deflagrada porque os presos alegam que houve confisco de exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, e retirada de vários pertences pessoais.
Barry Wingard, que é advogado de dois prisioneiros, condenou a intervenção dos guardas e pediu ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha que visite o presídio. Segundo ele, o uso de violência contra os presos é comum e não há respeito aos direitos humanos em Guantánamo.
A prisão funciona desde 2002 e gera polêmicas. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a campanha prometeu rever a situação do presídio. Para o local, são levados todos os acusados de terrorismo, inclusive os envolvidos nos ataques de 11 de setembro de 2001.
Agência Brasil
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