segunda-feira, 15 de abril de 2013

Após Campos e Aécio, Dilma grava propaganda partidária para TV


Presidente segue Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), seus prováveis concorrentes, e grava propaganda partidária

Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
A presidente Dilma Rousseff dedica parte da sua agenda, na manhã desta segunda-feira, a gravação de propaganda partidária do PT. Ela deixou o Palácio da Alvorada pouco depois das 10h, em carro descaracterizado, rumo a uma produtora de vídeos no Distrito Federal. A ação acontece em meio à divulgação de propagandas partidárias de seus potenciais oponentes à Presidência da República em 2014 - Eduardo Campos (PSB-PE) e Aécio Neves (PSDB-MG). Ambos já fazem propagandas nacionais desde abril.

Na avaliação de governistas e oposicionistas, quem mais perde com a antecipação é a própria presidente, que deve ser candidata à reeleição. Segundo interlocutores da Presidência, o terceiro ano do mandato é considerado decisivo, uma vez que é hora de a presidente “mostrar serviço”. Ter sua agenda de governo confundida com compromisso de campanha, no entanto, pode atrapalhar sua governabilidade.
“Ela fica desviada de sua função principal, que é governar. Deixa de tomar conta da ‘loja’”, avaliou o professor David Fleisher, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Apesar de Dilma ser apontada como principal prejudicada no processo de antecipação de campanha, é ponto pacífico entre pessoas ligadas a todos os pré-candidatos que o marco para o início da corrida eleitoral de 2014 foi o evento de comemoração dos 10 anos de governo petista. Na ocasião, Lula conteve o movimento que pedia sua volta e deixou claro que a candidata do partido era Dilma Rousseff. Segundo interlocutores próximos à presidente, o gesto foi um movimento combinado entre ambos.
O “efeito colateral” veio em seguida. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o senador Aécio Neves e a ex-senadora Marina Silva (que está constituindo o novo partido Rede Sustentabilidade) também colocaram o “bloco na rua”, e já ganham projeção e visibilidade. “Foi dada a largada”, disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), ligado ao correligionário pernambucano.
Todo o xadrez político está organizado em prazos muito anteriores às datas definidas pela Justiça eleitoral, que permite campanha por cerca de três meses antes do pleito. Na avaliação do cientista político Octaciano Nogueira, o movimento é um desrespeito à legislação vigente. “Quem tem cargo público está fazendo campanha antecipada na suposição de que passará impune”, afirma.

Terra

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