Funcionários do governo
venezuelano informaram que será aberto um inquérito para investigar suspeitas
de que o presidente Hugo Chávez teria sido assassinado. O ministro do Petróleo
venezuelano, Rafael Ramírez, disse que os Estados Unidos e Israel poderiam
estar por trás do suposto atentado.
Após descobrir que estava com
câncer, em 2011, o próprio Chávez havia sugerido que "forças
imperialistas" poderiam estar tentando matá-lo.
A Assembleia Nacional informou hoje
que ainda vai continuar discutindo a emenda à Constituição que permitirá que o
corpo do presidente fique no Panteão Nacional. Atualmente, para que o corpo de
uma personalidade seja enterrado no panteão, é necessário que tenham decorrido
pelo menos 25 anos de sua morte.
Chávez morreu no último dia 5, aos
58 anos, em Caracas, vítima de câncer na região pélvica.
Em cerca de um ano e meio de
tratamento, o presidente venezuelano passou por quatro cirurgias em Cuba. A
última delas foi em dezembro do ano passado.
Reeleito para o quarto mandato em
outubro do ano passado, Chávez não pôde tomar posse na data prevista, 10 de
janeiro, porque estava em tratamento em Havana.
Da BBC Brasil e da Telesur
Último presidente da ditadura militar argentina é condenado à prisão perpétua
A Justiça argentina condenou hoje
(12) à prisão perpétua Reynaldo Bignone, o último presidente da ditadura
militar (1976-1983), por crimes contra a humanidade cometidos no centro clandestino
Campo de Mayo.
No processo, foram ainda
condenados à prisão perpétua os ex-militares Omar Riveros, Luis Sadi,
Eduardo Oscar Corrado e Carlos Tomás Macedra.
De acordo com fontes judiciais
citadas pela agência de notícias EFE, o tribunal pronunciou-se sobre as
violações de direitos humanos que ocorreram sob a jurisdição da guarnição
militar de Campo de Mayo, entre 1976 e 1983.
Em Campo de Mayo funcionou um dos
maiores centros clandestinos de detenção do regime e ainda uma maternidade
ilegal por onde passaram várias mulheres sequestradas, e atualmente
desaparecidas.
O principal acusado deste processo
foi o general Bignone, que já tinha sido condenado em julgamentos
anteriores, por delitos de lesa-humanidade.
Neste caso, foram julgados crimes
contra 23 vítimas, incluindo sete mulheres que tiveram os seus filhos quando
estavam detidas na guarnição militar ou desaparecidas.
Bignone, o último ditador argentino
(1982-1983), negociou a transição para a democracia após aprovar uma Lei de
Anistia, de imediato anulada, e ordenar a destruição de toda a documentação
sobre detenções, torturas e assassinatos de desaparecidos.
O ex-militar, com 84 anos, já tinha
sido condenado em 2010 e 2011 a 25 anos de prisão por delitos cometidos no
Campo de Mayo.
Calcula-se que pelo menos 30.000
civis foram mortos ou permanecem desaparecidos durante os sete anos em que
vigorou a ditadura militar, após o golpe de Estado liderado pelo general Jorge
Videla. Em julho de 2012, Bignone recebeu condenação de 15 anos de prisão pelo
roubo sistemático de bebês durante a ditadura, em um julgamento
histórico no qual Videla foi condenado a 50 anos de prisão.
Agência Lusa
Referendo nas Ilhas Malvinas é manobra midiática do Reino Unido, diz embaixadora argentina
A embaixadora argentina na
Grã-Bretanha, Alicia Castro, insistiu que o referendo feito
entre os habitantes ingleses nas Ilhas Malvinas (Falklands, para os
britânicos) constitui uma "manobra midiática que expressa a
debilidade da posição do Reino Unido". Em entrevista à rádio FM
Milenium, a representante explicou que "diferentemente de outros
casos", "o referendo não foi convocado pelas Nações Unidas, e não
conta com sua aprovação ou supervisão".
"Não é que não entendemos o
desejo dos habitantes [das Malvinas] de ratificar sua identidade: eles são
britânicos e a lei britânica os reconhecem como tais. A Argentina não tem a intenção
de mudar sua identidade e seu modo de vida, mas o território que habitam
não é deles. Existe um direito que eles não têm, que é decidir sobre o
destino do nosso território ou resolver a controvérsia sobre a soberania",
disse.
Nesse sentido, argumentou que a
autodeterminação dos povos é um princípio fundamental do direito internacional
"que não é reconhecido a qualquer comunidade estabelecida em um
território, mas aos povos considerados originários daquele território que foram
ou estão submetidos ao poder colonial, o que não é o caso dos habitantes "
das Ilhas Malvinas.
"Não é um povo colonizado e sim
um território colonizado. Os habitantes não são parte da disputa da soberania.
A soberania é sobre o território", disse Alicia Castro. Ela reafirmou
que nas Ilhas Malvinas "existe um governo ilegitímo e não há uma legitíma
Assembleia Legislativa" e que a decisão de fazer a consulta é
"uma decisão do Reino Unido assim como é decisão do Reino Unido não
negociar".
Da Telam
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