Brasília – Representantes do estado
do Rio de Janeiro comemoraram hoje (18) a decisão da ministra Cármen Lúcia, do
Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu provisoriamente parte da nova Lei
dos Royalties do Petróleo. O estado foi o autor da ação analisada pela
ministra, mas também há processos pendentes do Espírito Santo, de São Paulo e
da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Para o procurador fluminense
responsável pela ação, Luís Roberto Barroso, a decisão mostrou que nem sempre a
vontade política da maioria pode se sobrepor às regras do direito. “A vontade
da maioria tem um limite, que é o limite estabelecido na Constituição. A
política cria o direito ao elaborar a Constituição, mas depois a Constituição
limita a política. E é exatamente isso que ocorreu”, analisou.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ),
que havia acionado o STF apontando ilegalidade no trâmite da Lei dos Royalties,
acredita que os estados não produtores erraram ao derrubar os vetos da
presidenta Dilma Rousseff. Ele disse que os vetos mantinham os contratos
vigentes, mas não faziam mudanças significativas para os contratos
futuros. “Agora tudo está judicializado”, resumiu.
O senador acredita que, ao menos na
questão dos contratos em vigor, a matéria está ganha no STF. Quanto aos
contratos futuros do pré-sal, ele entende que a tese apresentada pelo Rio de
Janeiro tem fôlego para convencer os ministros. “O mais importante é que o Rio
está respirando aliviado. O clima era de muita insegurança e intranquilidade,
os prefeitos já iam demitir muita gente no próximo mês”, diz.
O deputado federal Alessandro Molon
(PT-RJ), que também recorreu ao STF apontando erros na lei, acredita que a
decisão foi acertada e evitará prejuízos irreversíveis aos estados produtores.
"Depois deste alívio, vamos agora lutar para vencer no julgamento do
mérito. Vencemos mais uma batalha, mas a guerra ainda não terminou",
disse, por meio de nota.
A decisão de Cármen Lúcia é liminar
e precisa passar pelo crivo do STF, enquanto isso, volta a vigorar a lei antiga
sobre os royalties. O mérito da ação só será analisado definitivamente
pelo STF depois que a Presidência da República e o Congresso Nacional prestarem
informações e a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República
apresentarem pareceres. O trâmite leva vários dias para ser concluído.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi