A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,6% em fevereiro, taxa inferior ao 0,86% de janeiro. Em fevereiro do ano passado, a taxa havia sido 0,45%. O dado foi divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O principal responsável pela queda da taxa de inflação foi a redução do custo da energia elétrica, que teve queda de 15,17% no preço. Por outro lado, os reajustes das mensalidades das escolas, de 6,91%, e da gasolina, de 4,1%, evitaram uma queda maior da inflação.
A inflação oficial acumula taxa de 1,47% no ano, acima do 1,01% registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa está em 6,31%, acima dos 6,15% registrados no período de 12 meses encerrado em janeiro.
IGP-M recua para 0,15% na primeira prévia de março
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado como base para reajustes de contrato de aluguel, registrou variação de 0,15% na primeira prévia de março. O índice é inferior ao registrado na primeira prévia de fevereiro (0,41%).
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), dos três sub-indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) não variou no período mantendo a taxa de 0,37%.
O subíndice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,53%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi 0,2%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo habitação (-1,45% para 0,2%), sobretudo pelo comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -12,8% para -2,19%.
Ainda segundo a FGV, o terceiro subíndice do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no primeiro decêndio de março, taxa de 0,27% ante 1,15% do mesmo período de fevereiro.
Inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos fica em 0,52% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou em 0,52% em fevereiro, abaixo da taxa registrada em janeiro (0,92%). A taxa também foi inferior à registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação para todas as classes de renda e ficou em 0,6% em fevereiro.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos subiram 1,59% no mês, enquanto os produtos não alimentícios tiveram alta de 0,07%. No ano, o INPC acumula taxa de 1,44%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é 6,77%.
A maior inflação em fevereiro foi observada no Recife (1,14%). Já a menor taxa ficou com o Rio de Janeiro, que registrou deflação (queda de preços) de 0,06%.
Preços da construção civil sobem 0,73% em fevereiro
O setor da construção civil registrou inflação de 0,73% em fevereiro deste ano, segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi). A taxa é superior ao 0,55% observado em janeiro. Segundo dados divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o custo da construção ficou em R$ 863,46 por metro quadrado, em fevereiro.
A maior inflação foi registrada pela mão de obra, cujo custo subiu 1,18% e chegou a R$ 406,88 o metro quadrado em fevereiro. Já o preço dos materiais de construção subiu 0,33% e passou para R$ 456,58 no mês.
A maior inflação foi registrada na Região Sudeste (1,43%), com destaque para Minas Gerais, onde o custo da construção subiu 5%. Já a Região Centro-Oeste ficou com a menor taxa (0,18%). O estado com a menor inflação é o Piauí (0,01%).
Inflação semanal inicia o mês de março em alta
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) iniciou o mês de março com taxa de 0,52%, o que representa um aumento de 0,19 ponto percentual sobre a taxa anterior (0,33%). A apuração do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indica que, dos oito grupos pesquisados, cinco apresentaram acréscimos.
Habitação é o grupo com maior contribuição para a inflação mais intensa, embora a taxa tenha permanecido negativa (-0,58%). É que, na pesquisa anterior, o recuo tinha sido mais expressivo (-1,28%). Nesse grupo, houve o impacto da tarifa de energia elétrica residencial (de -13,91% para -9,95%).
Em alimentação, o índice subiu de 1,33% para 1,39%, com destaque para a elevação de preços das aves e dos ovos (de 2,62% para 3,52%). No grupo educação, leitura e recreação, a taxa passou de 0,31% para 0,48%, sob o reflexo de uma queda menos intensa da tarifa aérea (de -9,82% para -1,51%).
Em vestuário (de -0,32% para -0,06%), os preços dos calçados indicam que os lojistas estão encerrando o período de liquidação, com quedas menores de preços (de -0,51% para -0,28%). No grupo comunicação (de 0,33% para 0,50%), a alta foi puxada pela tarifa de telefone residencial (de 0,92% para 1,25%).
Nos demais grupos ocorreram decréscimos. Em transportes, o índice diminuiu de 1,22% para 1,02%, com o impacto do preço da gasolina, que subiu de forma menos intensa (de 5,02% para 3,89%). Em despesas diversas, a inflação ficou em 0,39%, ante 0,85%, com a perda do ritmo de correções dos preços dos cigarros (de 1,02% para 0,20%). Em saúde e cuidados pessoais (de 0,60% para 0,58%), há o efeito dos artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,08% para 0,89%).
Os cinco itens que mais provocaram impacto na inflação no período são: gasolina (de 5,02% para 3,89%), refeições em bares e restaurantes (de 1,44% para 1,25%), tomate (de 13,40% para 9,97%), empregada doméstica mensalista (de 1,68% para 1,56%) e taxa de água e esgoto residencial (de 1,90% para 1,79%).
Agência Brasil
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