terça-feira, 26 de março de 2013

Economia brasileira vive momento de recuperação cíclica, avalia Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que a economia brasileira está em momento de "recuperação cíclica". De acordo com a Carta de Conjuntura divulgada hoje (26), o ciclo atual é "bem distinto" do observado em outros anos e isso pode atrapalhar a previsibilidade política-econômica.


"Isso tem implicação em política [macroeconômica] importante porque torna essa tarefa mais complicada do que seria em ciclo típico", disse o coordenador do Grupo de Estudos em Conjuntura, Fernando Ribeiro. Como exemplo, citou o impacto na taxa básica de juros, a Selic, que está em 7,25% ao ano.
"Em um ciclo típico, neste momento, o país estaria reduzindo o juro, como aconteceu em outros momentos. Na recuperação, você joga o juro para baixo para impulsionar a economia. Hoje, a gente tem a taxa de juro baixa e, por conta da pressão inflacionária, o Banco Central reconheceu que não há espaço para novas quedas,
talvez, tenha necessidade em um aumento [da taxa]", explicou.
O economista destaca que, apesar das pequenas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), nos últimos meses, não há aumento do desemprego, da inflação e queda da atividade nos setores da economia. "Há alguma desaceleração do consumo, mas mais discreta que em outros ciclos", diz a carta.
"Difícil prever o que vai acontecer daqui para frente. Quando o ciclo é típico existe uma história, mais ou menos, padrão, que explica o que acontece na queda e na recuperação. Não é esse o caso", reforçou Ribeiro.

Copom mantém taxa Selic em 7,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) terminou hoje (6) sua segunda reunião no ano e manteve a taxa básica de juros (Selic) em 7,25%, em linha com as expectativas da maioria dos analistas de instituições financeiras, que estimam juros no mesmo patamar até o final do ano.
Foi a terceira reunião seguida em que o colegiado de diretores do BC manteve a taxa fixada em 11 de outubro do ano passado, no nível mais baixo da história do Copom, criado em junho de 1996. A taxa está em 7,25% há cinco meses e assim permanecerá pelo menos até 17 de abril, na próxima deliberação do Copom.
Em nota divulgada logo depois do final da reunião, ocorrida ontem (5) e hoje, o Copom informou que vai acompanhar a evolução do cenário macroeconômico, até a reunião de abril, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária.
A taxa básica de juros teve dez reduções seguidas, de agosto de 2011, quando estava em 12,5%, a outubro do ano passado, quando foi fixada em 7,25%. Em 14 meses, a Selic perdeu 5,25 pontos percentuais, equivalentes a 42%, mas a rede bancária não acompanhou a redução dos juros na mesma proporção.
Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo nas sete maiores instituições bancárias do país mostra que a taxa média cobrada sobre empréstimos pessoais, em agosto de 2011, era 5,87% ao mês, e a mesma taxa no início do mês passado era 5,35%, com redução de apenas 8,85%. No mesmo período, a taxa média sobre cheque especial caiu de 9,56% ao mês para 7,92%, com queda de 17,15%.
De acordo com o boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (4) pelo BC, a maioria dos analistas financeiros da iniciativa privada acredita que a Selic deve permanecer no atual patamar, pelo menos no curto prazo, como forma de estimular a retomada da atividade econômica, que cresceu só 0,9% no ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Agência Brasil

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