A
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina defendeu a
"remoção" de líderes de facções criminosas para presídios federais
como forma de conter a onda de atentados registrada no estado pela segunda vez
em menos de três meses. Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira o órgão
manifestou solidariedade aos cidadãos catarinenses e destacou que os atos
visariam "intimidar" a sociedade.
"Estamos
diante de verdadeiros atos de extrema violência, que visam intimidar a
sociedade civil, o que é inadmissível no Estado Democrático de Direito em que
vivemos", afirma a nota assinada por toda a diretoria da seccional
catarinense. "Além das necessárias medidas de contenção, devem ser
identificados e punidos com rigor os autores desses graves delitos,
restabelecendo-se a ordem e o ambiente de legalidade, sob pena de cedermos
espaço para que a criminalidade se sobreponha à sociedade organizada",
afirma. "É necessária a remoção dos líderes para presídios federais como
forma de estabelecer a ordem".
A OAB
pede que o governo de Santa Catarina "assuma suas falhas" e trabalhe
no sentido de aumentar o efetivo de agentes penitenciários e policiais. Ao
mesmo tempo, a entidade condenou o vídeo onde agentes prisionais aparecem
torturando cerca de 70 detentos do presídio regional de Joinville, cidade
localizada a 190 quilômetros ao norte da capital Florianópolis. As imagens,
feitas pelo circuito interno de vigilância, teriam sido gravadas no dia 18 de
janeiro.
"Espera-se,
na solução da grave situação observada, que os direitos humanos e garantias
individuais dos cidadãos sejam observados em sua mais ampla dimensão e sem
qualquer espécie de discriminação, tanto em relação aos detentos quanto aos
profissionais da segurança pública e ao cidadão comum, eis que toda a sociedade
está sendo vilipendiada em seus direitos”, destacou a direção da OAB.
A
partir desta terça, os envolvidos na suposta tortura começarão ser ouvidos pela
delegacia de polícia de Joinville. Cerca de dez servidores foram identificados
e afastados das funções. Em cinco dias, foram registrados 50 ataques, com um suspeito
morto e um passageiro de ônibus gravemente ferido após um incêndio.
Terra
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