O
Ministério Público Federal instaurou Inquérito Civil para apurar a concessão de
passaporte diplomático ao Bispo Waldomiro Santiago e à sua esposa,
líderes da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Conforme
portaria assinada pelo Procurador da República Peterson de Paula Pereira
(*), o órgão havia aberto Procedimento Administrativo com base em representação
de Ronald Durão Meziat Júnior, que alegou que “tais pessoas não representam o
país e que, inclusive, o bispo responderia a processos judiciais”.
Em
janeiro, a Folha noticiou que uma portaria assinada
pelo ministro interino das Relações Exteriores, Ruy Nunes Pinto Nogueira,
havia autorizado os líderes da Igreja Mundial do Poder de Deus a receberem
passaportes diplomáticos.
O
documento permite acesso a fila de entrada separada em alguns aeroportos e
facilita a obtenção de vistos em alguns países que o exigem. O tratamento tende
a ser menos rígido que o dado a brasileiros com passaporte comum.
Ainda
segundo a reportagem, a assessoria do Ministério informou, na ocasião, que a
posse do documento não garante nenhum tipo de imunidade diplomática ou
privilégio em regiões aduaneiras. Tradicionalmente, o documento é dado a
cardeais da Igreja Católica. Por isso, o Itamaraty também concede o benefício a
representantes de outras religiões.
O
Itamaraty também infomou que é necessário que a instituição execute “uma
atividade que justifique o trabalho no exterior”. Para justificar o pedido, a
Igreja Mundial afirmou que pretende dar continuidade no exterior ao trabalho já
desenvolvido no país.
Segundo
o Itamaraty, o documento dado aos bispos é justificado no Decreto 5.978/2006
que permite o passaporte às pessoas que devam portá-lo “em função do interesse
do país”.
(*)
PORTARIA Nº 85, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2013
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Dag Vulpi