O presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse hoje (4) que o processo
envolvendo o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), não deve ser julgado nos próximos 60 dias. Barbosa fez a previsão
segundo os prazos processuais que precisam ser seguidos nesses casos.
“Não é coisa para 30 dias, 40 dias,
vai demorar um pouquinho”, ressaltou Barbosa, logo após a cerimônia de abertura
do ano legislativo no Congresso Nacional. Segundo o ministro, o acusado tem
direito de se manifestar dentro de 15 dias, assim como o Ministério Público,
caso o senador traga novos documentos. Ele lembrou que o ministro-relator,
Ricardo Lewandowski, também precisa de tempo para analisar o caso e que os
prazos são variáveis, dependendo da prioridade que é dada ao processo.
A denúncia envolvendo Renan
Calheiros foi apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
no dia 25 de janeiro. O político alagoano é acusado de peculato, falsidade
ideológica e falsificação de documento por ter desviado verba de gabinete para
pagar pensão a um filho.
Na última sexta-feira (1º), o
ministro Ricardo Lewandowski disse que ainda não tinha analisado a denúncia e
que aparentemente não havia motivo para dar prioridade ao caso. Lewandowski
acrescentou que não pretende levantar o sigilo dos autos, pois há dados
confidenciais do senador e de outros denunciados.
Pouco à frente de Barbosa e cercado
por forte esquema de segurança na saída do plenário, Renan Calheiros não quis
comentar a denúncia do Ministério Público. Também ignorou perguntas de
jornalistas sobre um possível desconforto em sentar-se próximo ao presidente do
Supremo Tribunal Federal durante a cerimônia no Congresso.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi