No número de torcedores, o clássico
não foi dos milhões. Mas só mesmo nesse quesito. Jogadas rápidas, belos lances,
gols em profusão, torcedores ansiosos na arquibancada. Quem não foi ao Engenhão
na noite desta quinta-feira perdeu uma partida digna dos velhos confrontos
entre os rivais. Em clássico eletrizante, o Flamengo bateu o Vasco por 4 a 2,
assumiu a liderança do Grupo B da Taça Guanabara e fez a festa dos rubro-negros.
Gazeta Press
Hernane marcou seu quarto gol no Campeonato Carioca
De início, nem mesmo parecia que o
jogo teria contornos tão emocionantes. Talvez com receio de se expor tanto logo
no primeiro clássico da temporada, as equipes se estudaram um pouco.
Mas Rafinha logo deu o sinal de que
a noite seria sua. Pelo lado esquerdo, o camisa 11 rabiscava para lá e para cá
a ponto de deixar até Dedé, zagueiro experiente, tonto. Em uma jogada do
atacante rubro-negro aos 13 minutos, ele dribou dois marcadores e rolou para
João Paulo. O lateral rolou par trás e Ibson, de frente para o gol, mandou por
cima da trave.
Logo em seguida, o Vasco respondeu.
Em bola lançada na área, Leonardo aproveitou a furada de Renato Santos, mas, na
hora da conclusão, González travou. Torcidas inflamadas, provocações na
arquibancada. Eram apenas 15 minutos do primeiro tempo e o Clássico dos Milhões
fervia.
E esquentou ainda mais quando, em
bela jogada de Ibson, Hernane aproveitou o rebote do goleiro Alessandro e tocou
para o gol aos 24 minutos. Flamengo 1 a 0. Afoito, o Vasco partiu com tudo para
buscar o empate, mas abriu a retaguarda. Muito bem organizado, o Flamengo se
postou no 4-3-3 tramado por Dorival Júnior e ampliou em belíssima jogada. Ibson
roubou a bola no meio, avançou e esticou Elias no lado direito. O cruzamento
foi certeiro e a conclusão de Nixon, debaixo da trave, mais ainda ao colocar o
peito na bola. 30 minutos e Flamengo 2 a 0. Nem deu tempo de respirar no
Engenhão.
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Pedro Ken marcou, mas não evitou a derrota vascaína
Na saída de bola, falta para o Vasco
pelo lado direito do ataque. Bernardo cobrou com capricho e Pedro Ken, na
pequena área, disparou um foguete de cabeça sem chances para Felipe. A torcida
vascaína explodiu em alegria. O time estava de volta ao jogo.
Na base do contra-ataque, os times
faziam pulsar a arquibancada do Engenhão. Talvez para poupar cardíacos, o
intervalo chegou sem alterar o placar. Pouco sabiam os privilegiados que foram
à partida que o segundo tempo prometia ainda mais.
Isto porque, com a vantagem, Dorival
Júnior sacou Nixon e colocou CLéber Santana. O Flamengo voltou dos vestiários
no 4-4-2. Enganou-se, porém, quem pensou na ideia de administrar a vantagem.
Logos aos três minutos, Rafinha, endiabrado, limpou todos os adversários pelo
lado esquerdo e tocou para a entrada a área. De primeira, Cléber Santana encheu
o pé e marcou um golaço. 3 a 1 Flamengo. Engenhão em delírio.
Atônito, o Vasco até havia trocado o
inexperessivo John Cley por Dakson. Mas o técnico Gaúcho percebeu que deveria
mudar ainda mais. Sacou, então, Leonardo para a entrada de Tenório, O
equatoriano deu um gás no ataque e, em cinco minutos, o time perdeu três
chances claras de gol. Custou caro.
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Dedé foi derrotado no seu 150º jogo pelo Vasco
Isso porque aos 19 minutos, Rafinha,
sempre ele, disparou pelo lado esquerdo rumo ao gol adversários e deixou os
marcadores vascaínos na saudade. De leve, o camisa 11 tocou no lado esquerdo de
Alessandro. Flamengo 4 a 1. Rafinha ovacionado. Vascaínos desesperados. Olé nas
arquibancadas.
O Vasco se encheu de brio e foi para
cima. Dakson, aos 31, acertou um chutaço no lado esquerdo de Felipe. Mas o
golaço pouco adiantou. Por mais que tentasse, o time vascaíno, até então 100%,
mostrou deficiências logo em seu primeiro clássico na temporada. Eder Luis,
pela esquerda, jogou a bola nas mãos de Felipe. Bernardo tentou emendar uma patada,
mas isolou. Era pouco. Aos 40 minutos, a torcida vascaína, decepcionada, deixou
o estádio. Nem viu Abuda, de cabeça, acertar a trave. Os rubro-negros presentes
festejaram. Ao menos em termos de espetáculo, Vasco e Flamengo fizeram valer o
ingresso no primeiro Clássico dos Milhões em 2013.
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