Com a
desvalorização do real em comparação ao dólar, Rio de Janeiro e São Paulo
despencaram no ranking de 131 cidades mais caras do mundo, compilado pela
Economist Intelligence Unit (EIU).
Segundo
o Worldwide Cost of Living Survey 2013, Tóquio é a cidade de maior custo de
vida, seguida por Osaka (também no Japão) e Sydney (Austrália). São Paulo ficou
em 43º lugar (15 postos abaixo da colocação na pesquisa anterior); e o Rio, em
61º 23 postos abaixo da pesquisa anterior).
Isso
não quer dizer, porém, que as cidades brasileiras ficaram mais baratas para
seus moradores - apenas estão mais baratas no comparativo com outras cidades
globais.
"A
inflação brasileira não está baixa, e o custo de vida cresceu. Há pouco tempo
atrás, São Paulo e Rio chegaram a ficar (comparativamente) mais caras que Nova
York, mas nos últimos 12 meses a desvalorização do real diminuiu isso",
diz à BBC Brasil Jon Copestake, editor sênior da pesquisa.
Ele
não descarta, entretanto, que esses custos comparativos voltem a aumentar à
medida que se aproximam a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Ásia-Pacífico
O
levantamento da EIU pesquisa preços de 160 produtos e serviços em grandes
cidades ao redor do mundo e traça um comparativo entre essas metrópoles, usando
Nova York como a cidade-base.
A
líder do ranking, Tóquio, "tem sido a cidade mais cara do mundo quase
todos os anos das últimas duas décadas", diz o relatório. Mas outras
cidades da região Ásia-Pacífico têm subido no ranking, "ofuscando destinos
europeus tradicionalmente caros".
"As
cidades asiáticas ocupam 11 postos entre as 20 cidades mais caras do mundo; as
cidades europeias ocupam 8", aponta a pesquisa.
A
pesquisa faz referência, por exemplo, à Austrália. Dez anos atrás, nenhuma
cidade do país figurava entre as 50 mais caras do mundo. No ranking mais
recente, porém, Sydney e Melbourne são, respectivamente, a 3ª e a 5ª cidades
mais caras da lista, por conta de uma combinação de crescimento econômico,
elevação dos preços e alterações cambiais.
Copestake
ressalta também que as grandes cidades chinesas, apesar de não estarem entre as
mais caras, estão subindo no ranking porque aumentos salariais acabam puxando
outros custos para cima.
A
lista das dez metrópoles mais caras inclui também Cingapura, cidades europeias
como Paris, Oslo, Zurique e Genebra e uma latino-americana: Caracas. A presença
da capital venezuelana na lista se deve, segundo a EIU, à inflação (estimada em
quase 20%) e à fixação da taxa oficial de câmbio do bolívar a um patamar alto
em relação ao dólar.
Nos
EUA, cidades como Los Angeles, Nova York (ambas em 27º lugar) e Chicago (38ª)
também subiram no ranking, por conta do fortalecimento do dólar e de aumentos
de preços em itens como roupas e mantimentos.
Cidades
mais baratas
A EIU
também lista as cidades mais baratas do mundo, em sua maioria concentradas no
sul da Ásia: Karachi (Paquistão), Mumbai, Nova Déli (Índia), Katmandu (Nepal) e
Colombo (Sri Lanka).
A
compilação das mais baratas inclui também cidades do Oriente Médio (Jidda, na
Arábia Saudita, e Teerã, no Irã), na África (Argel, na Argélia), na Europa
(Bucareste, na Romênia) e América Latina (Cidade do Panamá).
Segundo
Copestake, o sul da Ásia concentra cidades baratas porque, ao contrário da
China, não vivencia um momento de elevação dos salários, o que segura os
preços.
Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi