quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pressionada por cigarros e alimentos, inflação semanal sobe em terceira prévia

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu a taxa de 1,03% na terceira prévia do mês - um avanço de 0,14 ponto percentual sobre o resultado anterior (0,89%).

Dos oito grupos pesquisados, cinco apresentaram acréscimos, com destaque para despesas diversas (de 3,24% para 3,82%). O motivo foi o reajuste dos cigarros (de 7,22% para 8,35%). A segunda maior taxa foi registrada no grupo educação, leitura e recreação (de 2,09% para 2,8%), puxado pelos cursos formais (de 4,07% para 5,87%).

O IPC-S também teve forte influência dos alimentos que ficaram, em média, 2,08% mais caros. Na medição anterior, a taxa tinha subido de 1,57% para 1,78%. Desde o...
começo do ano, os alimentos que mais apresentam reajustes são as hortaliças e os legumes (de 11,2% para 16,81%).

Apresentaram ainda índices acima da segunda prévia os grupos: habitação (de 0,32% para 0,42%), com destaque para o pagamento de empregada doméstica (de 0,62% para 1,8%), e vestuário (de 0,13% para 0,17%), devido à alta dos calçados (de 0,33% para 0,48%).

Em dois grupos foram constatados aumentos com índices inferiores aos da última pesquisa: transportes (de 0,3% para 0,2%) com reflexo da queda da tarifa de táxi (de 0,41% para -3,36%) e em saúde e cuidados pessoais (de 0,56% para 0,47%), os artigos de higiene e cuidado pessoal caíram, em média, 0,17% ante uma alta de 0,5%.

Já em comunicação foi mantido o mesmo ritmo de correção verificado na prévia anterior de 0,02%. Nesse grupo, a tarifa de telefone móvel ficou praticamente estável (de 0,01% para 0,00%) e a mensalidade para os serviços de internet registrou acréscimo de 0,39% ante 0,44%.

Os cinco itens de maior impacto inflacionário foram: cigarros (de 7,22% para 8,35%); tomate (de 16,31% para 27,28%); refeições em bares e restaurantes (de 0,8% para 0,92%); curso de ensino fundamental (de 5,21% para 7,76%) e curso de ensino superior (de 2,99% para 4,42%).

Prévia da inflação oficial sobe e registra taxa de 0,88% em janeiro

Prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de janeiro registrou taxa de 0,88%, 0,19 ponto percentual acima do índice de 0,69% registrado em dezembro. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,02%, também acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,78%). Em janeiro de 2012, o índice teve variação de 0,65%.

Os principais responsáveis pelo aumento do IPCA-15 foram os grupos despesas pessoais (de 1,1% em dezembro para 1,8% em janeiro) e alimentação e bebidas (de 0,97% para 1,45%). Juntos, eles responderam por 61% do índice do mês.

A principal causa para a alta nos preços do grupo despesas pessoais veio dos itens cigarro (de 2,66% em dezembro para 7,05% em janeiro), excursão (de 12,15% para 16,18%), empregado doméstico (de 0,82% para 0,58%), cabeleireiro (de 0,49% para 0,97%) e manicure (1,83% para 1,53%).

Já o grupo alimentação e bebidas sofreu maior influência de itens importantes no orçamento das famílias como: hortaliças (de 2,67% para 6,48%), feijão-carioca (de -0,1% para 6,25%), tomate (de 0,72% para 6,02%), cebola (de -5,97% para 5,61%), frango (de 4,16% para 5,61%), frutas (de 1,27% para 2,22%), carnes (0,47% para 1,12%) e refeição fora (de 0,58% para 0,95%).

Também houve alta no grupo saúde e cuidados pessoais cuja taxa passou de 0,26% em dezembro para 0,61% em janeiro. Os remédios (de -0,16% para 0,24%), serviços médicos e dentários (de 0,28% para 1,22%) e produtos de higiene pessoal (de 0,24% para 0,74%) foram as principais influências.

O grupo educação (de 0,1% para 0,33%) foi influenciado pelo resultado dos cursos regulares (0,2%), que refletiu os reajustes dos colégios da região metropolitana de Porto Alegre (2,62%).

Em janeiro, o grupo habitação teve o mesmo resultado de dezembro (0,74%) e transporte apresentou ligeira queda na taxa ao passar de 0,71% em dezembro para 0,68% em janeiro. Segundo o IBGE, o resultado deve-se, sobretudo, a menor taxa das passagens aéreas, que passou de 17,08% em dezembro para 5,18% em janeiro.

O grupo dos produtos não alimentícios registrou taxa de 0,7%, acima do resultado do mês anterior, que foi 0,6%.

Sobre os índices regionais, o maior foi registrado em Belém (1,24%), devido ao aumento dos preços dos alimentos (2,36%), e o menor, em Brasília (0,57%).

Os preços foram coletados no período de 12 de dezembro de 2012 a 15 de janeiro de 2013 e comparados com aqueles vigentes de14 de novembro a 11 de dezembro de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, do Recife, de São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.


Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!

Abração

Dag Vulpi

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook