sábado, 19 de janeiro de 2013

OPERAÇÃO DERRAMA: Theodorico e mais 3 investigados


Além do presidente da Assembleia, o deputado José Carlos Elias e os prefeitos Rogério Feitani e Jander Vidal estão na mira da Justiça


Dois deputados estaduais e dois prefeitos foram incluídos nas investigações de supostas irregularidades na contratação de empresa para a recuperação de tributos municipais.

São eles: o presidente da Assembleia Theodorico Ferraço (DEM) e o deputado José Carlos Elias (PTB) e os prefeitos Rogério Feitani (PMN), de Jaguaré, e Jander Vidal (PSDB), de Marataízes.

Os quatro vão se juntar aos outros 26 que já haviam sido indiciados pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc).

Na decisão, o juiz da Vara Especial Central de Inquéritos de Vitória, Marcelo Nunes Loureiro, justificou que foi informado pelo Nuroc que parlamentares estariam dentro dos investigados.

Assim, enviou o caso para o Tribunal de Justiça, órgão competente para julgar deputados e prefeitos por crimes comuns.

“As diligências investigativas se encaminharam no sentido de incluir no rol dos suspeitos parlamentares com prerrogativa de foro em razão de cadeiras ocupadas...
na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. A saber: José Carlos Elias e Theodorico Ferraço. Além dos atuais prefeitos Rogério Feitani e Jander Vidal”, justificou.

A Operação Derrama foi deflagrada contra 25 pessoas, na última terça-feira. Entre elas os ex-prefeitos, advogados, empresários e ex procuradores.

Eles são acusados de participar de um esquema que consistia na contratação de uma empresa, a CMS, sem licitação, para a cobrança de tributos municipais.

Contudo, a tarefa deve ser feita pelas secretarias da Fazenda ou de Finanças. Parte dos valores arrecadados ilegalmente era desviada.
Theodorico alegou que como não foi comunicado não poderia se manifestar a respeito do assunto.

O advogado de Elias, Gustavo Verella, disse que a inclusão do deputado se deve a um contrato firmado por ele com a CMS para o incremento na recuperação de dívidas relativas a royalties do petróleo.
Jander Vidal confirmou que tem conhecimento do caso e que a contratação da CMS foi licitada.

Foram apontadas supostas irregularidades em Aracruz, Anchieta, Jaguaré, Marataízes, Guarapari e Linhares. Como o processo está sob segredo de Justiça, o Tribunal de Justiça não informou o motivo do indiciamento. (Tribuna online)

QUEM TEVE O NOME INCLUÍDO

Theodorico Ferraço (DEM)
> EX-PREFEITO de Cachoeiro de Itapemirim por cinco mandatos, ex-deputado federal e ex-secretário estadual nos governos de Eurico Rezende e Albuíno Azeredo.
> EM 2006 retornou à Assembleia. Foi reeleito como deputado estadual em 2010 quando recebeu 53.096 votos.
> EM 2012 assumiu a presidência da Casa e é candidato único à reeleição. Tem 75 anos de idade.

José Carlos Elias (PTB)
> NATURAL DE ITAPEMIRIM, Elias é bacharel em Direito e foi eleito deputado estadual com 29.089 votos. Hoje, é corregedor da Assembleia.
> ELE JÁ FOI prefeito de Linhares e tentou retornar ao cargo nas últimas eleições, mas acabou como terceiro mais votado no pleito, com 5.790 votos ou 7,17%.
> FOI VEREADOR e deputado federal por dois mandatos

Jander Vidal (PSDB)
> PREFEITO em segundo mandato, Jander Vidal é médico, o que lhe rendeu o apelido político de Dr. Jander.
> ELE É natural do município de Rio Pomba, em Minas Gerais.
> DR. JANDER foi reeleito com 10.574 votos, o que representa 51,97% do pleito.
> O PREFEITO é casado e tem 60 anos

Rogério Feitani (PMN)
> ROGERINHO, como é conhecido, foi eleito prefeito de Jaguaré com 8.868 votos ou 57,38%.
> ELE TEM 40 anos, é natural de São Mateus e está solteiro.
> SEGUNDO o Tribunal Superior Eleitoral, sua ocupação fora da política é a de agricultor. Ele tem curso superior completo.


ENTENDA O CASO

Mais de 10 prefeituras na mira do TC-ES

Derrama
> A SEGUNDA etapa da Operação Derrama, deflagrada na última terça feira pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), prendeu 25 pessoas entre ex-prefeitos, ex-secretários, funcionários públicos e advogados.
> AS INVESTIGAÇÕES contam com o Tribunal de Contas do Estado e o auxílio do Ministério Público.
> OS PRESOS são acusados de participar de um esquema que consistia na contratação de uma empresa, a CMS, sem licitação, para a cobrança de tributos. Contudo, a tarefa deve ser feita pelas secretarias de Fazenda. Parte dos valores seria desviado.
> OS MUNICÍPIOS investigados são:
Aracruz, Anchieta, Jaguaré, Marataízes, Guarapari e Linhares.
> A PRIMEIRA FASE foi deflagrada no dia 27 de dezembro.
Investigação
> FORAM INCLUÍDOS na investigação o presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM); o deputado estadual José Carlos Elias (PTB); os prefeitos Rogério Feitani (PMN), de Jaguaré, e Jander Vidal (PSDB), de Marataízes.

A DEFESA DE CADA UM

Theodorico Ferraço (DEM)
O presidente da Assembleia Legislativa Theodorico Ferraço (DEM) alegou que como não foi comunicado oficialmente sobre o seu nome entrar na lista de investigados da Operação Derrama não poderia se manifestar a respeito do assunto.

José Carlos Elias (PTB)
O advogado Gustavo Varella, que atua na defesa do deputado José Carlos Elias, informou que a CMS foi contratada para prestar serviço de incremento na cobrança de dívidas referente a royalties de petróleo e que o serviço foi prestado ao longo do último ano do mandato dele à frente da Prefeitura de Linhares, em 2008.
Varella explicou que a empresa foi contratada por dispensa de licitação após aparecer como especializada na realização do referido serviço e que contratação foi feita após parecer favorável da procuradoria do município.

Os serviços seriam de assessoria jurídica, por exemplo.
O advogado ainda reforçou que em momento algum a empresa atuou na autuação de empresas para recuperação tributária, objeto de investigação da Operação Derrama.

A defesa ainda afirmou que o deputado está à disposição para prestar qualquer esclarecimento às autoridades policiais.

Jander Vidal (PSDB)
O prefeito de Marataízes, Jander Vidal (PSDB), destacou que a prefeitura mantinha contrato com a empresa CMS Consultoria desde o ano de 2003 e que contratou a empresa no seu mandato a partir de 2009 após realizar licitação. O contrato foi encerrado no último dia 31 de dezembro.

Ele alegou que como a empresa se dizia ser a única a prestar o serviço no Estado e com recomendação de outras prefeituras não desconfiou de quaisquer possíveis irregularidades.
Ao comentar sobre a Operação Derrama Vidal destacou que a polícia esteve em Marataízes no último dia 3 de janeiro e que recolheu o contrato com a empresa CMS.

“Estamos esperando para ser ouvido, por enquanto eu aguardo a Justiça. Mas posso garantir que aqui em Marataízes não há divisão para o funcionário. Nossa intenção foi recuperar a arrecadação do município. Tive todas as minhas contas entre 2009 e 2011 aprovadas pelo Tribunal de Contas ”, disse Vidal.

Ao final, o prefeito destacou que como a empresa CMS não fez nenhuma arrecadação ao Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) nenhum valor foi pago à mesma.

Contudo sobre o contrato de serviço de assessoria tributária fiscal, o município pagou à CMS cerca de R$ 320 mil em quatro anos.

Rogério Feitani (PMN)
Já o prefeito de Jaguaré Rogerinho Feitani não foi localizado para comentar o caso até o fechamento da edição. 



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Dag Vulpi

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