Reabre-se hoje a mostra Ausências
Brasil, em exposição no Arquivo Público do Estado de São Paulo, que reúne
fotografias de famílias brasileiras que sofreram com a perda de um parente
durante a ditadura militar.
A exposição traz fotos das famílias
durante o regime, ao lado de uma recriação atual da cena, feita pelo fotógrafo
argentino Gustavo Germano.
O projeto começou com o retrato das
famílias de vítimas da ditadura na Argentina (1976-1984) e se expandiu aos
países do Cone Sul, palco da operação Condor --uma ação conjunta das ditaduras
dos países da América Latina para prender seus opositores. Um dos irmãos de
Germano, Eduardo, foi um dos 30 mil mortos durante o regime.
Entre os casos brasileiros, há o da
família de Fernando Santa Cruz Oliveira, líder estudantil e integrante da Ação
Popular Marxista-Leninista. Ele desapareceu em 1974, depois de ter sido preso
pelo DOI-Codi no Rio.
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Fernando Santa Cruz (esq.), com os irmãos Ana Lucia, Ana Carolina, Marcelo e Ana Maria (embaixo). Líder estudantil e integrante da Ação Popular Marxista-Leninista, Fernando desapareceu em 1974, depois de ter sido preso pelo DOI-Codi no Rio... |
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Os irmãos hoje, sem Fernando: Ana Lucia, Ana Carolina, Marcelo e Ana Maria (embaixo) |
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Luis Eurico Tejera Lisboa, ex-membro da ALN (Aliança Libertadora Nacional), que foi preso em São Paulo em 1972 e desaparecido desde então |
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A foto de família recriada sem Luis Eurico |
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Os irmãos Omar Darío Amestoy e Alfredo Amestoy, em foto de 1975 |
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Orlando René Méndez e Leticia Oliva com a filha Laura Méndez Oliva |
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Laura na cama, em 2006, sem os pais, desaparecidos durante a ditadura na Argentina |
Folha de S. Paulo
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Dag Vulpi