A ministra da Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse nesta
segunda-feira que os ataques às religiões de matriz africana chegaram a um
nível insuportável. 'O pior não é apenas o grande número, mas a gravidade dos
casos que têm acontecido. São agressões físicas, ameaças de depredação de casas
e comunidades. Nós consideramos que isso chegou em um ponto insuportável e que
não se trata apenas de uma disputa religiosa, mas, evidentemente, uma disputa
por valores civilizatórios', disse ao chegar ao ato lembrando o Dia Nacional de
Combate à Intolerância Religiosa no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.
O número denúncias de intolerância
religiosa recebidas pelo Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência cresceu mais de sete vezes em 2012, quando comparada com a
estatística de 2011, saindo de 15 para 109 casos registrados.
Para a ministra, os ataques são
motivados principalmente...
por alguns grupos evangélicos. 'Alguns setores, especialmente evangélicos pentecostais, gostariam que essas manifestações africanas desaparecessem totalmente da sociedade brasileira, o que certamente não ocorrerá', disse Luíza, que acrescentou que esta semana deverá ser anunciado um plano de apoio às comunidades de matriz africana. 'Nós queremos fazer com que essas comunidades também sejam beneficiadas pelas políticas públicas', completou.
por alguns grupos evangélicos. 'Alguns setores, especialmente evangélicos pentecostais, gostariam que essas manifestações africanas desaparecessem totalmente da sociedade brasileira, o que certamente não ocorrerá', disse Luíza, que acrescentou que esta semana deverá ser anunciado um plano de apoio às comunidades de matriz africana. 'Nós queremos fazer com que essas comunidades também sejam beneficiadas pelas políticas públicas', completou.
No ato promovido pela prefeitura
paulistana foi lançada a Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
Segundo o prefeito, Fernando Haddad, a celebração é uma forma de fazer com que
as pessoas que ainda têm preconceito contra as religiões afrobrasileiras
reflitam sobre a importância da tolerância. 'Eu penso que a expressiva maioria
dos moradores de São Paulo abraça essa causa de convivência pacífica,
tranquila, com respeito e a tolerância devida ao semelhante. Agora, existe uma
pequena minoria para qual o recado aqui é dado: que há uma grande maioria que
quer viver tranquilamente', disse.
O recado da tolerância também está
sendo promovido pelo grupo multirreligioso Paulistanos pela Paz, que há 8 anos
atua para conscientizar principalmente a juventude. 'Nós estamos coordenando
visitas a escolas, faculdades para dar palestras, seminários, para trazer esse
questionamento à tona. Porque a intolerância brota da incapacidade de conviver
com o diferente', disse o Reverendo Mahesh, coordenador do grupo e
representante do Hinduísmo Hare Krishna.
Membro do Centro Cultural Ilê-Ifa, o
maestro Roberto Casemiro, também defendeu a atuação com a juventude como forma
de combater o preconceito. Na opinião de Casemiro, para muitos jovens, em
especial os envolvidos em grupos que promovem o ódio, como os skinheads, falta
conhecimento e falta cultura. 'E quem não tem nem conhecimento, nem cultura,
não tem respeito'.
Evangélico de confissão luterana, o
pastor Carlos Mussukopf, acredita que a melhor maneira de evitar o preconceito
é unindo as diferentes religiões entorno de objetivos e ideias comuns. 'Devemos
procurar o que nos une, o que nos unifique, o que nós temos em comum. E que a
gente também saia da teoria, dos encontros de diálogo e passe para a prática.
Existem tantos desafios na sociedade que nós vivemos que exigem uma ação
unificada também das religiões. Vamos ver questão da população de rua, da
natureza', disse.
Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi