Milhares seguidores de Hugo Chávez
tomaram nesta quinta-feira as ruas de Caracas para defender a continuidade de
seu governo mesmo com sua ausência no dia marcado para a posse presidencial.
Villegas acusou a oposição de confundir "direito à informação com morbidez". De acordo com os últimos informes, Chávez está em estado "estacionário", com uma insuficiência respiratória consequência de uma infecção pulmonar severa.
O chavismo teve hoje sua cerimônia
de celebração, com personalidades da televisão, gritos, coros, discursos e um
juramento final de fidelidade de todos os presentes ao presidente venezuelano,
manifestação com o objetivo de preencher o vazio deixado por Chávez na data
fixada pela Constituição para o início de seu quarto mandato.
"Aqui em Caracas, hoje, 10 de janeiro, dizemos ao comandante Chávez: comandante recupere-se que este povo jurou e vai cumprir lealdade absoluta", gritou o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao encerrar seu discurso diante de milhares de seguidores do governante, que respondiam com a mão no coração ao juramento coletivo.
"Aqui em Caracas, hoje, 10 de janeiro, dizemos ao comandante Chávez: comandante recupere-se que este povo jurou e vai cumprir lealdade absoluta", gritou o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao encerrar seu discurso diante de milhares de seguidores do governante, que respondiam com a mão no coração ao juramento coletivo.
O ato se transformou em uma
homenagem ao presidente e contou com a participação dos chefes de Estado
convidados: o boliviano Evo Morales; o nicaraguense Daniel Ortega e o uruguaio
José Mujica, que discursaram ao lado de primeiros-ministros e chanceleres de
vários países latino-americanos e caribenhos.
Morales assegurou que a saúde do
presidente venezuelano é uma "preocupação" de todos os povos
anti-imperialistas do mundo porque ele "representa a luta
anti-imperialista e anticapitalista".
Mujica pediu que se o governante
venezuelano não puder estar presente no dia de amanhã, que prevaleça a
"unidade", a "paz" e o "trabalho", e Ortega
advertiu sobre a necessidade de evitar os enfrentamentos.
"É a paz o que mais temos que
cuidar neste momento, porque o confronto e a morte na Venezuela levariam ao
confronto e a morte em toda América", disse o presidente nicaraguense.
Chávez está internado em Havana
desde que em 11 de dezembro foi operado de um câncer situado na zona pélvica e
sobre o qual, segundo o ministro de Comunicação, Ernesto Villegas, informou-se
"suficiente, devida e oportunamente".
Villegas acusou a oposição de confundir "direito à informação com morbidez". De acordo com os últimos informes, Chávez está em estado "estacionário", com uma insuficiência respiratória consequência de uma infecção pulmonar severa.
Sua ausência causou uma discussão
sobre a forma como se deveria proceder constitucionalmente, mas no final a
Suprema Corte decidiu ontem aprovar a tese do governo e permitir que Chávez
assuma formalmente o cargo quando se recuperar, e que o Executivo que deveria
se encerrar hoje continue suas funções.
Antes do simbólico juramento, o
vice-presidente Nicolás Maduro criticou oposição e a acusou de querer aplicar
um golpe. Segundo o dirigente, há um plano de "setores da extrema-direita
para buscar um morto e encher de sangue as ruas da Venezuela".
O vice-presidente venezuelano citou
as manifestações que a oposição vai realizar, segundo ele "uma espécie de
sabotagem", e pediu que a polícia tome cuidado com as ações que irão
acontecer.
"Convidamos eles a não se
colocarem loucos e respeitarem a paz desta pátria, essa oposição que sempre cai
na tentação golpista convocamos a refletir", afirmou.
Maduro defendeu a unidade que
existe na direção do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV),
particularmente com seu "irmão", Diosdado Cabello, presidente da
Assembleia Nacional, e acusou a imprensa do mundo de mentir todos os dias e de
querer demonstrar que existe uma divisão interna.
"Estamos nos matando de amor
pelo povo, estamos nos matando de lealdade a Chávez e a esta pátria",
acrescentou gritando. A oposição rejeitou hoje a decisão do Tribunal Supremo de
Justiça e convocou uma manifestação pacífica para 23 de janeiro, dia em que se
lembra o 55º aniversário do final da última ditadura militar.
O deputado Alfonso Marquina, em
nome do bloco da oposição, questionou a decisão de justiça, afirmando que o
Supremo nem ao menos considerou uma ausência temporário do presidente.
Já Maduro lembrou que os últimos
dias foram "duros para todos", desde a operação do há 30 dias. Ele
afirmou ainda que Chávez está "em batalha".
"Nós te dizemos: comandante,
tranquilo, continue sua batalha que aqui têm um governo bolivariano e um povo
revolucionário", afirmou.
Portal Terra
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