Brasília - O mercado financeiro
voltou a reduzir a estimativa de crescimento da economia em 2013. A nova
projeção passou para 3,2% ante os 3,26% previstos anteriormente. Os números
estão no boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central.
Embora o governo tenha divulgado que existe uma tendência de queda da inflação, investidores e analistas do mercado financeiro continuam pessimistas. De acordo com o boletim, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderá fechar 2013 em 5,53%. No levantamento anterior, o mesmo índice foi estimado em 5,49%. Os preços administrados (que são fixados ou controlados pelo governo) passaram a ser estimados com elevação de 3,34% e não mais de 3,3% como previsto anteriormente.
Para o câmbio, o mercado financeiro projeta queda na taxa, que ficaria em R$ 2, 07 e não mais R$ 2,08 como estimado anteriormente. Não houve alteração para a taxa básica de juros (Selic), que permaneceria em 7,25% ao ano em dezembro de 2013.
Nas contas externas, a expectativa do mercado piorou. O déficit em conta-corrente, um dos principais indicadores das contas externas, passou de US$ 62,1 bilhões para US$ 63,05 bilhões, mesmo com o saldo da balança comercial sendo elevado de US$ 15 bilhões para US$ 15,43 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos ficaram em US$ 60 bilhões.
11/01/2013
Ministro interino da Fazenda também vê tendência de queda na inflação de 2013
O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje (11) que a inflação deve manter a trajetória de queda em 2013. “A tendência é de queda na inflação. O nosso diagnóstico é o mesmo do Banco Central. Acho que a inflação mais uma vez, no ano passado, ficou dentro do intervalo estabelecido pelo governo e a expectativa para 2013 é que continue caindo, se aproximando mais do centro da meta”, comentou.
O comentário de Barbosa faz referência à nota divulgada ontem (10) pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na qual avalia que a inflação mostra resistência em curto prazo, mas que as perspectivas indicam retomada da tendência declinante ao longo de 2013.
Barbosa comentou também o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no qual a inflação acelerou em dezembro e fechou o ano de 2012 em 5,84%. Embora esteja dentro do limite de tolerância (até 6,5%), o resultado ficou acima do centro da meta estipulado pelo governo de 4,5%. O indicador, usado como referência para a inflação oficial, foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Barbosa, um dos motivos da pressão nos preços foi a quebra da safra agrícola na América do Norte, que puxou para cima o preço dos grãos e derivados, inclusive o preço da carne.
De outro lado, o ministro interino destacou que as medidas de desoneração adotadas pelo governo podem ter colaborado para garantir a inflação no intervalo estabelecido. Para ele, o impacto tributário das ações do governo teve resultado neutro ou favorável sobre a evolução do índice inflacionário e o resultado do IPCA.
“Houve desonerações de IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] para automóveis e bens de consumo duráveis, desoneração da Cide [Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico], o que contribuiu para evolução mais favorável da inflação”, comentou.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi