sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Cameron flerta com a proposta de tirar o Reino Unido da União Europeia


Levantar âncoras

Chantagista. Cameron pode ter
errado a mão: a aposta é bem
perigosa. Foto: Justin Tallis/AFP
Começou como uma tentativa de chantagear Bruxelas para impedir a Zona do Euro de adotar normas financeiras e um pacto fiscal que ameaçam interesses britânicos. Quando a oposição de David Cameron foi ignorada, a ala eurocética do seu partido animou-se e a ideia de sair da União Europeia, popular à direita nesta época de crise, ganhou vida própria. Agora o primeiro-ministro acena com uma proposta de “repatriação de poderes” e um plebiscito sobre “termos revisados de adesão”, a ser celebrado após as eleições de 2015.

Seu governo quer escolher quais políticas e regulamentos europeus lhe convêm e quais não, mas os líderes continentais, certos ou errados, julgam uma maior centralização necessária para salvar o euro e não estão dispostos a rever o Tratado de Lisboa só para agradar a Londres. Por mais que lamentem a sua perda, poderão oferecer a porta de saída como cortesia da casa e forçar Cameron a ir mais longe do que pretendia.


A discussão repercute do outro lado do Atlântico. Por meio de Phil Gordon, subsecretário de Estado para a Europa, Obama fez saber que acha o referendo uma péssima ideia e quer Londres na União Europeia. Já o ex-embaixador de Bush júnior na ONU, John Bolton, escreveu no jornal Times, do Grupo Murdoch, para exortar Cameron a “ignorar Obama” e abandonar o “navio que está adernando” da União Europeia “cada vez mais esclerosada”. Em vez de afirmar independência, Londres pode se descobrir mais dependente do que imaginava. (Carta Capital)

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